A Secretaria de Comunicação Social do Palácio do Planalto anunciou nesta segunda-feira, por meio de nota oficial, os nomes de sete novos ministros para o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
São eles: Antonio Carlos Rodrigues (Transporte); Gilberto Occhi (Integração); Miguel Rossetto (Secretaria Geral); Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário); Pepe Vargas (Relações Institucionais); Ricardo Berzoini (Comunicações); e Carlos Gabas (Previdência).
Dos sete anunciados nesta segunda, cinco são petistas (Rossetto, Ananias, Vargas, Berzoini e Gabas). Gilberto Occhi, indicado pelo PP, é o atual ministro das Cidades – será transferido para a Integração Nacional. O Ministério dos Transportes continuará sob controle do PR, agora sob comando do vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR), presidente da Câmara Municipal de São Paulo e suplente da senadora Marta Suplicy (PT-SP).
Agora, do total de 39 ministros, o Planalto já anunciou os nomes de 24 – faltam outros 15, a serem divulgados até a próxima quinta (1º), quando Dilma tomará posse para o segundo mandato (veja lista ao final desta reportagem).
Negociação dífícil
A demora para a conclusão da reforma ministerial é motivada pelas dificuldades nas negociações com partidos da base aliada.
O principal empecilho para a definição dos nomes do primeiro escalão, segundo integrantes do Planalto, é a negociação em andamento com o PDT, que atualmente comanda o Ministério do Trabalho.
A presidente pretendia alocar os pedetistas em outra pasta, liberando o Trabalho para algum nome indicado pelo PT. A manobra era uma tentativa de compensar os petistas pela perda do Ministério da Educação, que ficará a cargo do governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), a partir de 2015.
Ao G1, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, afirmou que acertou neste fim de semana com Dilma, por meio de uma conversa telefônica, a permanência de seu partido na mesma pasta que vem administrando desde 2007. Segundo ele, o acordo com a Presidência inclui a permanência de Manoel Dias no comando do Ministério do Trabalho.
No entanto, a continuidade do ministro não foi anunciada nesta segunda-feira. Além da resistência do PDT de assumir outra pasta, correntes internas do PT também estão insatisfeitas com a indicação do deputado Pepe Vargas (PT) para o comando da Secretaria de Relações Institucionais, pasta responsável pela articulação política do governo com o Congresso Nacional.
Integrante da corrente Democracia Socialista (DS) – minoritária no PT –, Pepe Vargas ocupará o lugar de Ricardo Berzoini, descolado para o Ministério das Comunicações.
Petistas da tendência Construindo um Novo Brasil (CNB) – corrente do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – não queriam que a DS ficasse com o comando de duas pastas.
Além de Pepe Vargas, o Planalto confirmou a indicação do petista gaúcho Miguel Rossetto para a Secretaria-Geral. Conforme o G1 apurou, a queda de braço entre as correntes petistas gerou desdobramentos na Câmara dos Deputados e até mesmo no PT do Rio Grande do Sul, base eleitoral de Pepe e Rossetto.
Leia a íntegra da nota divultgada pelo Palácio do Planalto.
NOTA OFICIAL
A presidenta Dilma Rousseff anunciou hoje novos nomes do seu ministério.
São eles:
Antonio Carlos Rodrigues (Transporte);
Gilberto Occhi (Integração);
Miguel Rossetto (Secretaria Geral);
Patrus Ananias (Desenvolvimento Agrário);
Pepe Vargas (Relações Institucionais).
Ricardo Berzoini (Comunicações);
Carlos Gabas (Previdência)
A presidenta agradeceu a dedicação dos ministros:
Francisco Teixeira (Integração),
Garibaldi Alves (Previdência Social)
Gilberto Carvalho (Secretaria Geral)
Miguel Rossetto (Desenvolvimento Agrário),
Paulo Bernardo (Comunicações);
Paulo Sérgio Passos (Transportes),
Ricardo Berzoini (Relações Institucionais),
A posse dos novos ministros será realizada no dia 1º de janeiro.
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