Em 29/10, faltando sete ou oito rodadas para findar o Campeonato Brasileiro da Série A, escrevemos uma matéria que mostrava a situação em que se encontrava o Sport Clube do Recife, correndo um sério risco de não permanecer no “grupo de elite”. Quem é rubro negro sabe do que estamos falando, pois percebeu os tropeços que o time cometeu chegando, inclusive, a comprometer a atuação do técnico Eduardo Batista.
Mas o time foi à luta e, como de costume – pela tradicional garra leonina – deu a volta por cima e chegou ao final repetindo a melhor campanha desde 2003, quando o Brasileirão passou a ser disputado nos moldes de pontos corridos. Em 2008, o time terminou a competição em situação semelhante: 52 pontos e na 11ª posição. Outro ponto importante é que com o rebaixamento do Vitória e do Bahia, somos o único clube do Nordeste na séria A de 2015.
Para os torcedores a felicidade veio como há tempo não víamos. O Leão fez uma temporada praticamente irretocável. Conquistou os principais objetivos do ano: a Copa do Nordeste e o Campeonato pernambucano. Fez uma séria A sólida, oscilou quando “podia”, mas se recuperou em tempo. Fechou o ano nesse 07/12 com chave de ouro. Com a vitória sobre o São Paulo por 1 a 0, a equipe chegou à sétima rodada consecutiva invicta. E ainda quebrou um tabu de 13 anos sem vencer a equipe paulista.
Conforme destaque em uma reportagem do Diário de Pernambuco de 08 do corrente, o gol da vitória marcado pelo prata da casa Joelinton, não poderia ter sido mais simbólico. E este “simbolismo” vem da coroação de um trabalho em um importante setor do clube que poderá ficar como um legado para 2015: as divisões de base. Com o técnico Eduardo Batista, alguns jogadores pratas de casa ganharam destaque. Renê, que começou a jogada do gol, fez todas as 38 rodadas – foi o único jogador de linha a realizar o feito na competição. Foi com Eduardo que o lateral esquerdo ganhou a oportunidade e deslanchou dentre os profissionais.
No embalo, destaca-se também Joelinton. Um atacante de 18 anos que tive a oportunidade de vê-lo atuando por quatro vezes (joga feito gente grande), fecha o ano como a grande revelação do clube. Por essas e outras, consideramos muito contundentes as palavras do treinador: “a gente tem que se virar com o que tem. A nossa missão mais bem cumprida até aqui foi revelar esses meninos de base”, orgulha-se Eduardo Batista. Com ele ainda tiveram chances Neto Moura, James, Oswaldo e Érico Júnior.
E foi mesclando esses garotos com atletas mais experientes como Magrão, Durval, Diego Souza e Patrick, que o Leão conquistou antecipadamente a classificação à Copa Sul Americana. Por tudo isso, externamos os nossos sinceros parabéns ao clube, ao técnico e demais auxiliares, sem esquecer de renovarmos um fraternal abraço a toda torcida rubro negra, acompanhado do tradicional grito de guerra: CAZA, CAZÁ, CAZÁ, CAZÁ, CAZÁ…
Por: Danizete Siqueira de Lima