O Ministério Público Federal do Paraná ofereceu nesta quinta-feira (11) denúncias contra 35 investigados na sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal para investigar lavagem de dinheiro e evasão de divisas e que resultou na descoberta de um esquema de desvio de dinheiro e superfaturamento de obras da Petrobras.
Se o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, aceitar as denúncias do Ministério Público, os investigados passarão à condição de réus no processo. A expectativa é que Moro aceite as denúncias até esta sexta (12).
Nesta quinta, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, esteve em Curitiba (PR) para se reunir com a força-tarefa do MPF do Paraná que atua no caso, para discutir quais medidas podem ser tomadas a partir do oferecimento das denúncias.
Nas denúncias, os procuradores da República listaram três crimes imputados aos investigados (corrupção, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro).
Segundo o Ministério Público Federal, das 35 pessoas denunciadas, 22 são ligadas às empresas Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Mendes Júnior, OAS e UTC (veja ao final desta reportagem a lista com os nomes dos 35 denunciados).
Com as ações na Justiça, os procuradores tentarão recuperar R$ 971,5 milhões. De acordo com o Ministério Público Federal, essa quantia corresponde a 3% dos valores de contratos firmados por meio do esquema de fraude em licitações da Petrobras. Segundo o MPF, esse era o percentual destinado à propina pago pelas empresas corruptoras aos beneficiários.