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ROMERO RIBEIRO É EXONERADO DA SERES

O secretário-Executivo de Ressocialização, coronel Romero Ribeiro, que estava à frente da Seres desde janeiro de 2011, foi exonerado, nesta quarta-feira (1º). Segundo informações do Governo do Estado, quem assumiu o posto foi o secretário de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos, Bernardo D’Almeida, que irá acumular a função até que seja nomeado o substituto. Segundo a assessoria de Comunicação da Seres, Romero Ribeiro deverá se pronunciar a respeito de sua saída, durante uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (2), na sede do órgão.

A saída de Romero se deve a uma denúncia feita ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) no ano de 2012, de que uma mulher teria violado a prisão domiciliar para trabalhar na campanha eleitoral da esposa, a vereadora Mônica Ribeiro, sendo do conhecimento do então secretário da pasta, que deveria exigir o cumprimento da pena. No processo, constam cópias de fotos publicadas em uma rede social, nas quais a mulher aparece ao lado do casal.

Segundo o promotor Marcellus Uggiette, que recebeu a denúncia na época, Elide Silva Santos foi a responsável por um homicídio, no entanto, teve o direito de cumprir no regime de prisão domiciliar para tratamento de saúde. Segundo o promotor, ela saía para festas e para a campanha eleitoral. “O problema todo é porque ela estava em prisão domiciliar e não avisou quando saiu. Ela poderia até sair, mas como estava sendo monitorada tinha que avisar. E ela deixava a tornozeleira descarregar e saía. Como é que uma pessoa doente sai pra festas? Então eu fiz um expediente para que fosse revogado o regime que ela estava descumprindo, e ela voltou para o regime fechado”, completou Uggiette.

O promotor explicou ainda, que o seu parecer julgava apenas a questão do descumprimento da prisão domiciliar. “ O que eu fiz foi receber uma denúncia de uma promotora de olinda, e ao recebê-la, eu ouvi a mãe do rapaz que foi morto pela Elide, então eu peguei uma das fotos e o depoimento da mãe da vítima, e mandei para o juiz a denúncia da falta disciplinar, mas não pela falta administrativa (do ex-secretário), eu não tinha nada a ver com aquilo”, ressaltou.

Em relação ao secretário, ele enfatizou se surpreendeu com a notícia da exoneração. “Na época, comuniquei à Seres, e passou. Essa questão, se ele cometeu ilegalidade administrativa, não foi o mérito do meu parecer. Hoje eu me surpreendi com a notícia da demissão dele por esse motivo, pois da minha parte, foi tão somente da execução da pena”, concluiu.


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