Por três dias, 400 mil usuários não contaram com o serviço nem mesmo nos horários de pico
Em assembleia realizada na Estação Recife, na área central da Cidade, na noite desta quinta-feira (9), os metroviários decidiram encerrar a greve deflagrada há três dias. Os funcionários do sistema aceitaram a proposta da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) feita à tarde, em uma reunião no Rio de Janeiro. Na ocasião, a empresa e o sindicato que representa a categoria acertaram que um grupo de trabalho será criado para discutir a implantação de medidas de reforço da segurança nas estações, principal reivindicação dos funcionários. A operação dos trens será retomada nesta sexta-feira (10).
Desde a última terça (7), 400 mil passageiros que usam o metrô não contaram com o serviço nem mesmo nos horários de pico. Apesar da determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PE) de que a operação fosse mantida das 5h às 9h e das 17h às 21h, de segunda a sexta, e das 5h às 13h, aos sábados, os grevistas insistiram em manter a paralisação em 100% do sistema, mesmo sob o risco de multa diária de R$ 800 mil pelo descumprimento da decisão. Uma reunião entre a CBTU e o Sindicato dos Metroviários chegou a acontecer na última quarta-feira (8), mas terminou sem consenso.
A proposta que pôs fim à greve prevê que o grupo de trabalho com representantes das duas partes entregue um plano de ações preventivas em até 90 dias, “contemplando a infraestrutura, tecnologia, recursos humanos e treinamento”. Os metroviários alegam que os pontos de embarque e desembarque, bem como as composições, são alvejados por práticas de violência constantemente, como assaltos, furtos e atos de vandalismo. Entre as reivindicações da categoria – que não incluíram pautas salariais – estão a formalização de um convênio com a Polícia Militar e a contratação de vigilantes patrimoniais armados.