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DESTINO NÃO QUIS EDUARDO PRESIDENTE

Depois da morte do ex-presidente Tancredo Neves, em 21 de abril de 1985, nenhuma outra, em se tratando de político, chocou tanto a nação brasileira como a do ex-governador Eduardo Campos ocorrida ontem num acidente aéreo no interior de São Paulo. O impacto da perda foi tão violento que o PSB, do qual ele era o presidente nacional, e a Frente Popular de Pernambuco, da qual era o líder inconteste, terão que esperar mais alguns dias para se refazerem da tragédia. Afinal, não se forja uma liderança política nacional do dia para a noite. Ele começou a ser preparado para ser presidente da República quando foi chamado para assessorar o avô, Miguel Arraes, que também morreu num 13 de agosto (triste coincidência!), aos 21 anos de idade, porém o destino não quis que nenhum dos dois chegasse lá. Perdeu o Brasil de forma trágica o político mais brilhante de sua geração e, Pernambuco, o seu maior líder dos últimos 50 anos.
Por: Inaldo Sampaio

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