O ex-coordenador do Programa Mais Médicos Mozart Sales acusou o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, de praticar “debate ideológico mofado”, ao referir-se ao programa e ameaçar romper o acordo firmado entre Cuba e o Brasil. Em sabatina realizada pelo Grupo Folha, SBT e Rádio Jovem Pan, nesta quarta-feira, o candidato tucano afirmou que estabeleceria um novo modelo para o Mais Médicos, e que não aceitaria as regras impostas por Cuba. Para o ex-coordenador do programa, a relação dos cubanos com o seu governo não compete interferência brasileira.
— O que importa é a efetividade do programa, que reduziu em 20,8% o número de internamentos em um ano, e aumentou em 35% o índice de consultas na rede básica do país — disse Mozart, que é candidato a deputado federal pelo PT pernambucano.
Mozart também afirmou que pesquisas realizadas pelo país demonstraram índices de aprovação superiores a 80% pela população:
— O senador quer os aplausos da elite conservadora, que não depende de programas como o Mais Médico. Esse é o perfil do eleitor dele. Acredito que ele inventou essa crítica sob encomenda, para atender aos interesses corporativos que desejam o fim do programa — provocou Mozart, e acrescentou: — E tanto é assim, que após fazer a crítica, ele foi se reunir com algumas entidades médicas do país, inclusive a Associação Médica Brasileira (AMB), que é radicalmente contra o programa.
POR LETÍCIA LINS – O GLOBO
