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PRESERVANDO EDUARDO

Por mais que tenha sido provocado a falar mal de Eduardo, o ex-presidente Lula não jogou pesado em nenhum momento durante a sua longa fala no ato do PT em favor da candidatura de Armando Monteiro a governador, sexta-feira passada.

Responsável pelo pronunciamento mais contundente da noite, o deputado João Paulo (PT) olhou em direção a Lula e surpreendeu pela coragem e espontaneidade: “Eu sei que o senhor (Lula) gosta muito do nosso ex-governador, mas eu digo que ele nem gosta do senhor, nem da gente, nem do PT”.

Ainda olhando nos olhos de Lula, o ex-prefeito disse que Eduardo tem adotado uma postura agressiva e de perseguição ao PT. “Ele (Eduardo) tem feito horrores nesse Estado. A presidente Dilma passou de deusa dos céus à destruidora do Brasil”, acrescentou, sob os aplausos da plateia, que gritava “traidor, traidor, traidor”, referindo-se ao ex-governador.

Mas quando pegou o microfone Lula passou mais tempo atacando as elites pelas vaias em Dilma do que mesmo falando de política estadual. Quando tratou de responder aos açoites de João Paulo, disse apenas que tratou de Eduardo de forma republicana, para diferenciar do tratamento de Fernando Henrique a Arraes e Jarbas, mesmo sendo este último aliado.

O PT e os aliados de Armando, certamente, não devem ter gostado das declarações amenas de Lula. O ex-presidente e a presidente Dilma não vieram ao Estado com a intenção velada de atacar Eduardo por um simples motivo: suas cabeças estão voltadas para o segundo turno da eleição presidencial.

Acham que seria errado estrategicamente fustigar Eduardo e o PSB agora, porque contam com o seu apoio a Dilma no segundo turno. Pelo histórico de Eduardo, que esteve com Lula e Dilma nas três últimas eleições presidenciais, sua tendência é se aliar ao PT, caso perca para Aécio Neves a vaga da oposição para disputa final de segundo turno.

Por: Magno Martins


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