Deputado Eduardo da Fonte, garante que houve consulta interna para posicionamento da legenda
(Foto: Jedson Nobre)
O último dos partidos a definir sua posição no pleito estadual deverá ser o Partido Progressista (PP). A convenção partidária está marcada para a próxima quinta-feira e deve confirmar o apoio à candidatura da Frente Popular encabeçada pelo ex-secretário estadual da Fazenda, Paulo Câmara (PSB). Nos bastidores, socialistas já estão com o evento marcado nas suas agendas. O ato será realizado no Monte Hotel, às 15h.
O acordo já estaria fechado desde a semana passada com o presidente estadual do PP, o deputado federal Eduardo da Fonte. Embora a assessoria do progressista tenha confirmado que “está tudo pronto para o ato em apoio a Paulo Câmara”, alguns parlamentares da legenda estariam insatisfeitos com o desenrolar das negociações. Os progressistas aguardavam uma conversa com Eduardo da Fonte, no último fim de semana.
A queixa principal seria que as negociações para bater o martelo sobre a posição do partido não estaria passando pelos demais representantes da sigla. Durante a semana passada, o deputado federal Roberto Texeira (PP) declarou que a legenda poderia sair dividida no pleito, caso a posição da sigla não fosse discutida entre os demais integrantes da agremiação. Contudo, Eduardo da Fonte garante que a definição do posicionamento do partido teria demorado devido a uma consulta interna feita em todos os diretórios municipais.
Durante o processo de anúncio das candidaturas, o PP permaneceu como a incógnita do certame. Devido a aproximação da legenda com a direção nacional do PT, inicialmente, era esperado que o partido caminhasse com o senador Armando Monteiro Neto, único candidato que está ligado ao palanque da presidente Dilma Rousseff (PT), mas o cenário deslocou a agremiação para o lado oposto.
Antes da definição da chapa majoritária da Frente Popular, Eduardo da Fonte surgiu como um nome para ocupar a vaga para o Senado. Após ser preterido pelo ex-ministro Fernando Bezerra Coelho, a legenda anunciou que iria lançar uma candidatura própria com a vereadora Michele Collins (PP). Sem conseguir consolidar o projeto, o partido recuou e manteve o suspense sobre sua posição, enquanto seguia em conversas nos bastidores. (Por Carol Brito-Da Folha de Pernambuco)