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ARMANDO NETO AVISA QUE NÃO AGIRÁ COMO EDUARDO

Criticado pelos socialistas por tentar se passar como o candidato do ex-governador Eduardo Campos (PSB), o senador Armando Monteiro Neto (PTB) avisou ontem que manterá a postura de não criticar a gestão do ex-aliado, pois seu partido fez parte dela. Argumenta que não agirá como o socialista, que até pouco tempo fazia parte do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), mas agora só aponta defeitos em sua pré-campanha presidencial.
“Eu não me sentiria bem fazendo uma desconstrução de um governo que eu participei. O que eu tenho dito é que Eduardo foi um governador que ajudou o Estado a se desenvolver, foi pró-ativo e articulado. No entanto, Pernambuco tem muito o que avançar ainda e os nossos indicadores socioeconômicos apontam para isso. Eduardo está dizendo que o Governo Dilma, do qual ele fez parte, foi mal. Disse até que o povo foi vitimizado por ela. Nós não fazemos isso, não desconstruímos um governo que ajudamos a fazer”, cravou Monteiro Neto, durante sabatina ao UOL, Folha de São Paulo e SBT.
Provocado sobre o fato de nunca ter exercido um cargo no Executivo, o senador declarou que não é um “homem da burocracia” e que fez sua carreira no setor privado, o que o ajudou muito a ter bagagem administrativa. Armando Neto também destacou sua trajetória no movimento sindical até a presidência da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que, segundo ele, tem um orçamento equivalente a de alguns estados.
Em referência direta ao seu adversário, Paulo Câmara (PSB), o petebista fez questão de ressaltar a necessidade de se ter uma figura política e não um técnico à frente do governo de Pernambuco. “Existe uma diferença entre governança e gestão. Gestão é apenas o domínio das questões administrativas, mas um político tem mais do que isso, tem o sentido de estratégia, ele sabe como promover uma mobilização da sociedade para atingir os objetivos do Estado. É diferente de um técnico. Os grandes estadistas do Brasil não vieram da administração pública, eram políticos”, alfinetou. O senador destacou ainda que entrou na política por méritos próprios, através do voto, em clara crítica ao apadrinhamento de Eduardo Campos a Paulo Câmara.
Com relação à vaga de vice, Armando Monteiro Neto, reafirmou que fez o convite ao PDT e que está aguardando o retorno. O petebista não se mostrou preocupado com as movimentações de algumas lideranças pedetistas, como o deputado estadual Guilherme Uchoa e o presidente da legenda, José Queiroz, para evitar a aliança. “Temos muitos pedetistas do nosso lado, inclusive deputados estaduais. Pelas conversas que estamos tendo com o PDT, tenho uma certa segurança sobre essa aliança”, resumiu.

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