O papel da Comissão Estadual da Memória e Verdade na elucidação do assassinato do Padre Antônio Henrique, morto em 1969, durante a ditadura militar, foi enaltecido pelo deputado Waldemar Borges, do PSB, nesta quarta (28 de Maio). O parlamentar lembrou que o religioso foi um militante na linha de Dom Helder Câmara e da igreja libertadora.
De acordo com Waldemar, líder do Governo na Assembleia, tentaram confundir a autoria do crime, cometido há 45 anos. Ele afirmou que porta-vozes da ditadura tentaram convencer a população de que a morte do Padre Henrique foi um crime comum, já que o religioso trabalhava, segundo esses mesmos porta-vozes, com jovens usuários de drogas. No entanto, a investigação comprovou que o homicídio teve motivação política e os nomes dos envolvidos foram divulgados.
Na avaliação do parlamentar, mantendo a perspectiva histórica e um olhar menos apaixonado, a Comissão da Verdade se empenhou para comprovar o real motivo do assassinato. Waldemar Borges também fez menção à deputada Laura Gomes, do PSB, pelo esforço na criação da Comissão da Memória e da Verdade no período em que foi secretária de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
O deputado confirmou a importância da iniciativa, afirmando que ela ajuda a elucidar fatos ocorridos num período da história do Brasil, evitando que esses episódios se repitam.
