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ASSOCIAÇÃO DA PM COM 5,5 MIL MEMBROS DEIXA A GREVE

A Associação Militar do Estado (AME), através do seu presidente, capitão Vlademir de Assis,  realizou nesta quinta-fera (15) uma assembleia entre seus membros e decidiu por maioria invocar a Mesa Permanente de Negociação do Estado para discutir o fim da greve. A entidade, que possui cerca de 5,5 mil associados – entre oficiais, sargentos, cabos e soldados da ativa e da reserva,  é uma entre muitas que possuem representação na Polícia Militar de Pernambuco. Eles ficam, dessa forma, à disposição do governo para, enquanto se discute os pontos da pauta de reivindicação da categoria, retornar às atividades.

O presidente da AME ressalta que o momento é delicado e precisa que as “reais” lideranças – presidentes eleitos das associações ligadas à PMPE – estejam à frente da discussão para combater a “desinformação” que tem tomado conta da maioria da tropa.  ”A gente quer discutir com os reais líderes da PM. Tem muita gente que não foi eleita, que não tem legitimidade se colocando como líder e desorientando a tropa. Ela está desorientada, sem as informações adequadas”, asseverou Vlademir de Assis.

Assis sugere que parte do movimento tem sido liderado por policiais que possuem prováveis pretensões eleitorais. “Talvez tenha mais gente alimentando esse tipo de atuação, gente que esteja de olho nas eleições”, apontou. Os principais líderes “oficiais” da PM aceitaram o acordo oferecido pelo Governo do Estado, ontem (14). No entanto, a grande massa da categoria não concordou com os termos propostos e decidiu permanecer em greve.

O principal ponto de desinformação que poderia ser relacionado à posição da AME diz respeito à defesa que alguns dos grevistas têm feito da aplicação do reajuste salarial para categoria, citando um suposto aumento que teria sido concedido pelo Governo da Bahia à PM daquele estado. Fato que já foi negado pelo governador de lá, Jaques Wagner, (PT) e reforçado pelo governador de Pernambuco, João Lyra Neto (PSB), em entrevista à Rádio Folha FM 96,7.

A AME já comunicou o governo de sua decisão e está à esperada da retomada das negociações pelo fim da paralisação. Contudo, o presidente da associação faz questão de frisar que a administração estadual tem a sua parcela de culpa no processo, uma vez que teria excluído os militares da Mesa Permanente de Negociação.

“O governo excluiu a Polícia Militar da Mesa Permanente de negociação e agora precisa trazê-la de volta. É um instrumento importante do Estado, que poderia ter ajudado a evitar a situação que estamos vivendo agora”, destacou. (Blog da Folha)


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