Um médico cubano que participa do programa Mais Médicos, do governo federal, foi encontrado morto em um quarto do Hotel Nacional, em Brasília, na tarde desta segunda-feira (31). A polícia investiga a causa da morte. Há a suspeita de que ele tenha cometido suicídio – um lençol estava enrolado no pescoço dele.
Peritos da Polícia Civil passaram cerca de uma hora e meia no local. O corpo foi encontrado por uma camareira por volta das 14h. O médico estava encostado em uma janela do quarto onde estava hospedado, que fica no quarto andar do hotel.
O Ministério da Saúde não divulgou o nome do médico, mas disse que ele tinha 52 anos. Ele não fazia atendimento a pacientes, pois ainda participava de uma das etapas do curso dado aos médicos estrangeiros inscritos no programa.
O trabalho da perícia foi acompanhado por cubanos ligados à embaixada do país caribenho em Brasília. A embaixada de Cuba foi acionada para comunicar os parentes do médico sobre a morte dele.
Depois que o corpo for liberado pelo Instituto Médico Legal de Brasília, será levado para Cuba. O traslado ficará por conta da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), segundo o Ministério da Saúde.
Um funcionário do hotel, que não quis se identificar, disse que o médico tinha problemas conjugais no país dele. Segundo o funcionário, o homem ligava diariamente para a mulher. Em uma das conversas, a mulher teria dito que já tinha outro companheiro em Cuba.
Investigação
A Polícia Civil do Distrito Federal informou, por meio de nota, que investiga o caso como suicídio. De acordo com a polícia, outros médicos ligados ao programa federal e funcionários do hotel já foram ouvidos.
O caso é investigado pela 5ª delegacia de Brasília. Quando for finalizado, o inquérito será remetido ao Judiciário, informou a delegacia.