Desde o começo de sua militância política, nos anos sessenta, como representante em Pernambuco da “juventude lacerdista” (seguidores de Carlos Lacerda), Sérgio Guerra notabilizou-se por sua grande capacidade de liderança, de argumentação e de articulação, o que fez dele um dos mais brilhantes e destacados políticos de sua geração. A sua morte em São Paulo, ontem, deixará uma grande lacuna não apenas no PSDB nacional, mas sobretudo de Pernambuco. Como presidente nacional do partido, ele foi capaz de ser o ponto de equilíbrio entre as lideranças de São Paulo e de Minas Gerais, que sempre se digladiaram para tê-lo sob seu controle. E como principal líder do PSDB pernambucano teve a capacidade de conduzi-lo para o palanque de Jarbas Vasconcelos em 2002, após ter sido auxiliar de Miguel Arraes, e de levá-lo de volta à Frente Popular em 2014 para apoiar a candidatura do secretário Paulo Câmara.
Por: Inaldo Sampaio