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PARA SE TORNAR CONHECIDO, PAULO CÂMARA “ENTRA” NAS ONDAS DO RÁDIO

O pré-candidato governista ao Palácio do Campo das Princesas, Paulo Câmara (PSB), escolheu as ondas do rádio para se fazer conhecido no interior do Estado. O ainda secretário da Fazenda gravou “entrevistas” onde apresenta seu currículo de servidor público e de integrante do núcleo duro da gestão Eduardo Campos (PSB). Dividida em quatro sonoras, a “conversa”, que será oferecida a cerca de 80 emissoras Pernambuco afora, aposta em moldar a imagem de Câmara como a de um gestor focado no atendimento das demandas financeiras e sociais dos municípios. E traz frases que já ganham status de futuros jargões como “sei como as coisas funcionam” e “vamos ter condição de assumir o Estado em 2015 fazendo mais e melhor”.
Na artilharia focada nas cidades, Paulo Câmara fala que, na Secretaria da Fazenda, procurou “ajudar os municípios levando investimentos, possibilidade de emprego, levando acima de tudo, condições para que melhorem saúde, educação e a segurança de todos os pernambucanos”.
Tecnicamente, solidifica as suas bandeiras econômicas iniciais: mentor financeiro do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), arquiteto da nova forma de distribuição do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e responsável por aperfeiçoar programas de benefícios fiscais para atração de indústrias.
Há uma preocupação em aparar as arestas do processo de escolha do seu nome. “Todas as pessoas que tiveram o nome citado ao longo desse processo tinham condições de erguer a bandeira da continuidade do legado do governador Eduardo Campos”, diz Câmara em um trecho, acrescentando ter sido ungido pelo conjunto de partidos da frente governista – e não imposto pelo comandante nacional do PSB. Outro traço marcante – e esperado – é a associação a Eduardo. Juntas, as entrevistas têm dois minutos e 35 segundos, e citam o governador quatro vezes. O prefeito Geraldo Julio é mencionado uma única vez.
O uso de entrevistas gravadas seria uma forma de driblar possíveis questionamentos de que se trataria de campanha antecipada, só autorizada pela lei a partir de 6 de julho. Até a qualidade dos áudios reforça a ideia. As declarações parecem ter sido feitas dentro de uma sala, sem sinais de tratamento publicitário, mas com cortes perceptíveis. No trecho em que Câmara ressalta que “em tudo que acontece no governo nós participamos diretamente” há um salto abrupto para um final em que declara “estou pronto para essa missão”.

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