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APÓS DERROTAS DO GOVERNO, 77 DEPUTADOS DEIXAM ‘BLOCÃO’

Depois de uma semana de derrotas para o governo na Câmara dos Deputados, o número de parlamentares que optou por sair do chamado “blocão”, grupo da base aliada insatisfeito com o Palácio do Planalto, chega a aproximadamente 77. Este é o total de integrantes das bancadas do PP, PROS e PDT, siglas que anunciaram a saída do blocão nos últimos dias.

Inicialmente, o grupo de insatisfeitos com o Executivo federal, liderados pelo PMDB, era formado por cerca de 240 deputados, aglutinados em sete partidos da base mais o oposicionista Solidariedade. Nesta semana, na principal vitória do blocão – quando foi aprovada em a criação de comissão externa para acompanhar as investigações de denúncias contra a Petrobras – os votos favoráveis à matéria e contrários ao governo chegaram a 267.

As derrotas foram seguidas pela retomada da reforma ministerial. Na quinta-feira (13) o Planalto anunciou substituições em seis ministérios, atendendo parte dos partidos rebelados.

O líder do PP na Câmara, deputado Eduardo da Fonte (PE) disse ao G1 que o partido decidiu abandonar o bloco após perceber as ações de enfrentamento que estão sendo tomadas. “O blocão foi proposto para a gente discutir a relação com o governo. E agora, nesta semana, o blocão mudou o propósito de discutir para passar a enfrentar o governo. Foi por isso que a gente desembarcou e decidiu não fazer mais parte”, disse o parlamentar.

Para deputado Felix Mendonça Júnior (BA), vice-líder do PDT, a saída do partido do grupo se dá pelo desconhecimento do objetivo final do blocão. “Participamos das primeiras reuniões, mas não vamos fechar com o blocão, porque a gente não sabe quais são os objetivos finais […]. Terminou acontecendo um enfrentamento sem um objetivo, apenas para enfrentar por enfrentar. A gente quer uma agenda positiva para o Brasil”, disse Júnior.

A formação do blocão ocorreu devido a uma insatisfação da base aliada por vários motivos: o não cumprimento de acordos quanto à liberação de recursos de emendas parlamentares, a demora em concluir a reforma ministerial, a exclusão das decisões políticas e de lançamentos de programas do governo federal. Para estancar a crise, a presidente anunciou nesta quinta a troca no comando de seis ministérios.


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