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ESPAÇO DO INTERNAUTA

Os políticos de ontem e de hoje
Meu caro Junior Finfa,

Nesse dia, metido nas entrelinhas, fiquei nesse domingo de sol,  pensando como gira o mundo da política, e os políticos, é claro!  Revendo alguns filósofos antigos, e vendo a leitura de outros atuais,  me danei a matutar… Segue Adam Smith, para início de conversa:

Adam Smith, em Teoria dos Sentimentos Morais, fez um alerta desse tipo: “Nas cortes de príncipes, nos salões dos grandes, onde sucesso e privilégios dependem não da estima de inteligentes e bem informados iguais, mas do favor fantasioso e tolo de presunçosos e arrogantes superiores ignorantes; a adulação e falsidade muito freqüentemente, prevalecem sobre mérito e habilidades.
Em tais círculos sociais, as habilidades em agradar são mais consideradas do que as habilidades em servir”. Quando o mais importante na vida de alguém é agradar o poderoso governante, a primeira coisa a ser sacrificada será a sinceridade.
Ora , vejam vocês caros leitores , Adam Smith publicou essa pérola em 1759 e continua atual. Nas cortes de hoje é comum ver assessores arrogantes superiores e ignorantes, como também é comum vermos a adulação e falsidade , que prevalecem sobre mérito e habilidades. 
A sensação que se tem é que os medíocres venceram. É comum esses mesmos assessores não atenderem ligações e nem sequer retorná-las. Trazendo um desgaste para o político que o apedeuta o representa. 
Mas fica a pergunta:
Será que o seu chefe não sabe disso? Será que os “Príncipes” não percebem a incapacidade de quem ele delegou para representá-lo?
Falo isso meus senhores, porque exemplos graves como esses são comuns na nossa política, não só regional, como nos quatro cantos desse país.
É preciso que nossos políticos, salvo raras exceções, diga-se de passagem, leiam o sempre atual Maquiavel.

Maquiavel escreveu seu livro mais famoso, “ O Príncipe”, em 1513. Mas que ainda hoje, serve de norte para aqueles que gostam da arte da política. Ainda sobre Maquiavel, que serve de exemplo, para hoje e sempre: “O primeiro método para estimar a inteligência de um governante é olhar para os homens que tem à sua volta.”
E ainda:” A um Príncipe  é necessário ter o povo ao seu lado”, insistia ele. “De outro modo, ele sucumbirá às adversidades.”
Essa última leitura me faz fazer a seguinte indagação:
Quem está no poder, deveria procurar delegar a alguém de sua inteira confiança uma espécie de OUVIDOR? Sim ! Um OUVIDOR, por que não?!
Segundo o filósofo contemporâneo, que faz parte do nosso tempo, para ser mais sucinto, Roberto Romano , professor da Unicamp faz a seguinte observação: -“Os políticos não têm uma noção, essencial em Maquiavel, que é a ação no tempo oportuno. Todos os problemas não resolvidos se acumulam e explodem”, e ainda faz outra leitura :
“Políticos ainda estão no universo pré-maquiavélico, do apego às técnicas de dominação sem a percepção do que pode ser feito de democracia, de soberania popular”. Talvez seja o caso de os políticos, estejam na base ou na oposição, relerem Maquiavel, mas com as lentes do século 21.
Para terminar minha leitura, lembro uma frase do saudoso Tancredo Neves:
“Se Deus não lhe deu a graça da humildade, peça então a Ele a arte da dissimulação. Finja que é modesto.”

Fica aqui minha contribuição, quem sabe, para você político que ainda não se apercebeu que política é efêmera, é passageira, vá ler os grandes mestres, quem sabe um dia, você aprende e que esse dia não seja tarde , para que não entre na fila dos ex .
Um abraço fraterno,
Milton Tenório
Yapoatan dos Guararapes, 23/02/2014

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