Em pronunciamento realizado, nesta quinta-feira (06), na Câmara dos Deputados, Gonzaga Patriota (PSB) destacou o programa de governo do presidenciável Eduardo Campos e da ex-senadora Marina Silva, que foi lançado na última terça-feira (4), em Brasília.
O programa de governo prega uma reforma do Estado e condena o excesso de ministérios e de cargos em comissão do atual governo. O documento fala em um Estado profissional, desburocratizado, cada vez mais ocupado por especialistas que deverão substituir as nomeações políticas. Um Estado que possa até utilizar as novas ferramentas da internet para o bem-estar do cidadão.
Gonzaga Patriota lembrou que as diretrizes foram elaboradas com a participação da sociedade, por meio de uma plataforma digital lançada na internet em 28 de novembro de 2013, intitulada “Mudando o Brasil”. Os internautas puderam debater e fazer sugestões ao conteúdo programático construído em conjunto por dirigentes, políticos e militantes do PSB e da REDE desde 28 de outubro. Além disso, também propuseram temas não abrangidos que consideram prioritários.
O parlamentar expôs as cinco diretrizes de programa apresentadas pelo PSB: o desenvolvimento sustentável, a reforma urbana, a reforma do Estado, o meio ambiente e os recursos naturais e, por fim, saúde e educação de qualidade, dignas de um país que é a sexta economia do mundo. Não constará nada de política exterior porque não houve tempo para tratar do assunto.
A política industrial, segundo o documento, deve ser uma política de Estado. Portanto, terá de ter uma ação integrada com a educação de qualidade, que forme cientistas capazes de ocupar o espaço nas empresas de forma a dar um salto de qualidade na produção. Ao mesmo tempo, é pregada uma ampla melhoria no atendimento à saúde.
Uma parte grande do documento é dedicada à reforma urbana. Para o PSB/Rede, não adianta fazer novas estradas, ruas ou viadutos, se ao mesmo tempo não for também resolvida a questão da falta de saneamento. Há severas críticas à forma como os últimos governos encararam a questão urbana, com proliferação de favelas por todas as cidades grandes, médias ou pequenas. De acordo com o documento, as populações desses lugares vivem uma violência de guerra, o que gera o tráfico de drogas e grande mortandade de jovens negros e pessoas mais pobres.