O ex-governador Roberto Magalhães (DEM) declarou ontem que votará no governador Eduardo Campos (PSB) para a Presidência da República. Apesar de ter se antecipado à decisão do DEM na definição do apoio, Magalhães acompanhará a decisão do partido no âmbito estadual. À rádio JC News, o democrata ainda comentou as dificuldades que serão enfrentadas por Eduardo, após a escolha do candidato da Frente Popular à sucessão estadual.
Sem rodeios, Roberto Magalhães afirmou: “meu candidato a presidente é o governador de Pernambuco”. O democrata explicou que o seu voto é uma definição pessoal, independente da escolha do seu partido. “Acho que o discurso dele é o que eu teria se fosse candidato. A mudança. Não pode ficar um grupo 15, 20 anos no poder”, justificou.
Apesar das discussões internas sobre alianças já terem sido iniciadas, o partido ainda não anunciou que candidatos apoiará nas eleições.
De acordo com o ex-governador, o senador Armando Monteiro (PTB) é muito “simpatizado” dentro do DEM, mas a decisão está adiada porque o petebista possivelmente terá o PT na composição da chapa majoritária. Em relação ao candidato da Frente Popular, Magalhães acredita que quem quer que seja o indicado por Eduardo Campos para disputar a sucessão terá mais chances de se eleger se o governador melhorar a sua posição nas pesquisas nacionais.
CONVENCIMENTO
Para Roberto Magalhães, Eduardo terá dificuldades no relacionamento com o vice-governador João Lyra (PSB), caso o nome dele seja rifado da disputa pelo governo do Estado. O nome do vice já esteve entre os mais cotados pelo PSB para o pleito, mas, recentemente, é o secretário Tadeu Alencar (PSB) quem lidera a bolsa de aposta. “Desses candidatos que são secretários ou ex-secretários do governador, ou que são de partidos ligados a ele, não vai ter problema. A pessoa vai ficar um pouco magoada, mas passa. O problema que ele tem é o vice se for alijado”, avaliou.