O engenheiro mecânico Bruno Maranhão, 74 anos, voltou a ser hospitalizado em função de uma piora em seu quadro de insuficiência respiratória, que vinha tratando em casa com fisioterapia. Ele deu entrada no Hospital Memorial São José, no Derby, para exames periódicos e precisou ser entubado e sedado, devido ao comprometimento de suas funções hepáticas.
De acordo com seu irmão, Carlos Henrique de Albuquerque Maranhão, o quadro de Bruno Maranhão é grave. “Realmente é uma situação muitíssimo delicada. A saúde dele está muito prejudicada e os médicos estão preocupados com o desenrolar desse problema nos rins”, esclareceu.
Bruno Maranhão está acompanhado da esposa, a antropóloga Suzana Maranhão.
A saúde do militante vem delicada desde 2011, quando ele foi submetido a duas cirurgias para conter a lesão de uma isquemia e uma trombose cerebral, tendo afetado o lado esquerdo do cérebro. Maranhão, à época, chegou a ficar em coma induzido. Doença cerebrovascular, a trombose venosa cerebral (TVC) tem múltiplas manifestações clínicas. Em algumas situações pode confundir e levar a um subdiagnóstico.
Ex-líder estudantil e ex-exilado político, Bruno Maranhão – além de ter sido membro da Executiva nacional do PT – é um dos líderes do Movimento de Libertação dos Sem Terra, organização nascida de uma dissidência no Movimento dos Sem-Terra (MST).
Bruno Maranhão é constantemente lembrado pela invasão que o Movimento promoveu em junho de 2006 nas dependências do Congresso Nacional. Líder, ele chegou a ficar preso por 39 dias no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
