
Para 2014, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) quer que a bancada petebista da Assembleia Legislativa trace uma estratégia conjunta de oposição com os deputados estaduais do PT. Desde que as duas legendas deixaram a base de apoio ao governo Eduardo Campos (PSB), a disposição dos parlamentares adquiriu um nova configuração – a bancada oposicionista, antes formada apenas pelo PSDB e DEM, ganhou a participação do PT e PTB – o que já gerou algumas dobradinhas na tribuna. “Acho sim que o PT e PTB devam ter ações articuladas. Eu estimularei isso para que se assuma uma posição de integração, com uma estratégia conjunta, das duas bancadas”, disse ontem o senador, em visita ao JC.
Ressaltando a todo tempo que se trata de uma postura de “independência” ao PSB e não de oposição, Armando Monteiro tem todo o interesse de que o PT se alinhe cada vez mais aos planos do PTB. No momento em que colocou mais claramente a sua pré-candidatura ao governo do Estado na rua, o senador tem dito que gostaria que as duas legendas construam um palanque forte para enfrentar o ainda desconhecido candidato a ser indicado pelo governador Eduardo Campos (PSB).
Ainda que formalmente fora da bancada governista, os dois partidos mantiveram até agora uma atuação tímida de oposição ao PSB na Assembleia. Não votaram contra nenhum projeto do Executivo, mesmo aqueles polêmicos como os que autorizam os empréstimos e o da reforma nas administrativa nas secretarias. Porém, em ambas as ocasiões, desvelaram críticas.
ELEIÇÕES
Os bastidores para o pleito do próximo ano estão fervendo, assim como as conversas políticas. Pré-candidato ao governo, o senador Armando Monteiro adota a estratégia de não excluir da conversa “nenhum partido” que hoje integra a base do governo da presidente de Dilma Rousseff (PT). A questão, no entanto, esbarra num problema: o governador, pré-candidato ao Planalto em oposição a Dilma, goza de um amplo apoio partidário, com mais de 14 legendas de sustentação ao seu governo.
Sobre isso, Armando pondera que a política é “dinâmica” e que questões locais podem ser “superadas”. “A rigor todos aqueles que estão na base da presidente Dilma, em tese, a gente pode conversar. Que possuem ministérios e têm a intenção de crescer no governo. Não excluo nenhum, vamos conversar com todos”, cravou Armando. “Isso de no plano federal ser uma coisa, e no local outra, nem sempre é bom. Para mim, os partidos deveriam ter um alinhamento mais nítido”, criticou.
