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NOVO PROCURADOR-GERAL REFORÇA ÁREA CRIMINAL

Sete dos treze procuradores convocados para auxiliar o novo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, têm carreira na área criminal ou estiveram em operações contra o crime organizado.

Embora prometa atuação discreta, Janot anunciou que o combate à corrupção será prioridade em sua gestão.

Os procuradores que vão atuar em seu gabinete têm entre dez e 21 anos de carreira; a maioria chefiou unidades do Ministério Público Federal.

Hoje, se dedicam ao estoque de processos acumulados na gestão de Roberto Gurgel. Janot deve apresentar um “inventário” nos próximos dias.

Ao convocar essa tropa, ele cumpre promessa de desconcentrar atividades e de agilizar processos com o apoio de procuradores experientes em cada área de atuação do MPF.

A grande demanda na PGR são processos criminais que envolvem recursos públicos e representações de inconstitucionalidade.

Cabe ao procurador-geral mover ações penais no Supremo Tribunal Federal para denunciar deputados federais, senadores, ministros de Estado e o presidente e vice-presidente da República.

O chefe de gabinete de Janot, o procurador Eduardo Pelella, de Sergipe, tem experiência na área criminal -organizou o livro “Garantismo Penal Integral” com Douglas Fischer e Bruno Calabrich.

O gaúcho Fischer, tido como um dos melhores doutrinadores em matéria penal, coordenará a área criminal.

Trabalharão com ele os procuradores Marcelo Miller (RJ) e Janice Ascari (SP).

Ex-diplomata, Miller sempre atuou em matéria criminal. Janice participou de investigações que levaram à prisão o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto e o ex-juiz João Carlos da Rocha Mattos.

Responsável pela área de pesquisa e análise, o procurador Daniel Salgado (GO) esteve à frente das apurações que desmontaram a quadrilha de Carlinhos Cachoeira.

Vladimir Aras, da Bahia, cuidará da cooperação jurídica internacional. Ele foi um dos precursores dessa atividade no MPF.

Assessor para a área constitucional, o procurador Wellington Saraiva (PE) esteve nos primeiros grupos do MPF contra crimes financeiros.

Ubiratan Cazetta, do Pará, um dos autores das ações do MPF contra a Usina de Belo Monte, cuidará da área de tutela coletiva.


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