Apesar de negar publicamente, a presidente Dilma Rousseff (PT) prepara uma reforma ministerial que vai desagradar ala até mesmo do PT. De olho no processo eleitoral do próximo ano – onde muitos dos atuais ministros devem ser exonerados para disputar as eleições nos seus estados – a petista já havia solicitado um esboço da reforma à ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
De acordo com uma matéria publicada na revista Veja desta semana, não está descartada uma redução no número de ministério, que hoje é de 39 pastas. A mudança, segundo a reportagem, tem mexido com alguns petistas, que estariam de olho em certos ministérios, mas devem se contentar com o cargo atual.
A reportagem cita nominalmente o atual ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Diante da possibilidade de não ser nomeado para a Casa Civil, ele passou a trabalhar para assumir a Fazenda. Para isso, teria pedido nos bastidores a cabeça do ministro da Fazenda e amigo há mais de 30 anos Guido Mantega.
Apesar de todo corre corre nos bastidores, Dilma resiste à pressão e deve esperar para oficializar a reforma somente em dezembro. Especula-se nos bastidores que uma das ideias em estudo prevê o remanejamento dos ministros Paulo Bernardo, que trocaria as Comunicações pelo Planejamento, e Miriam Belchior, que sairia do Planejamento para a Casa Civil, já que Gleisi vai disputar o governo do Paraná.