O caminho mais curto para o emprego e uma vida digna para o trabalhador é a educação. O senador Armando Monteiro (PTB-PE) defende a ampliação dos cursos de qualificação no País para criar condições favoráveis ao ingresso de jovens e adultos no mercado de trabalho. Em discurso no Plenário do Senado, Armando defendeu mais uma vez os investimentos na educação profissional.
Na opinião dele, o Brasil apresenta avanços nessa área, mas ainda insuficientes. “É sabido que um dos maiores entraves ao desenvolvimento do País, sobretudo na visão de um desenvolvimento sustentável, é a carência de capital humano qualificado para fazer face às necessidades do mercado”, observou.
De acordo com ele, o desequilíbrio e a defasagem do sistema educacional ao longo de décadas prejudicaram severamente a formação sólida dos trabalhadores. O desafio, no seu entendimento, é justamente superar esses entraves. Hoje, a maioria dos trabalhadores tem baixa escolaridade ou não reúne as competências ou habilidades necessárias para atender às crescentes demandas da sociedade e do setor produtivo. O resultado é que, assim como na área da infraestrutura, na educação, o Brasil também vive um gargalo que necessita ser superado.
“Não haverá a capacidade fundamental de gerar inovação porque o pilar fundamental da inovação é a qualidade do nosso capital humano”, salientou. Essa visão, ressaltou o senador, está muito claramente indicada no mapa estratégico da indústria para o período 2013/2022, formulado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que traz um conjunto de metas assumidas pelo sistema industrial brasileiro, em favor da melhoria do ambiente educacional do País.
A proposta da indústria é que a nota média dos brasileiros no Pisa, o programa internacional que avalia o desempenho dos estudantes de 67 países, alcance 435 pontos em 2015 e chegue a 480 pontos em 2021. Segundo dados de consultorias internacionais, o Brasil ocupa a 126ª posição em termos de qualidade da educação primária e o 57º lugar em educação superior e treinamento. Em termos de disponibilidade de engenheiros e cientistas, o mesmo relatório avalia que, entre 144 nações, o país fica na 113ª posição. “Só assim colocaremos a nossa indústria em condições de enfrentar a acirrada competição que se observa hoje em escala global”, afirmou.