A ofensiva do comando nacional do PMDB à instância local da legenda, para forçar uma candidatura própria ao Governo de Pernambuco, deverá prosseguir nos próximos dias. E o dirigente-mor da sigla, o senador Valdir Raupp, seguirá batendo na mesma tecla: a necessidade de apoio à tentativa de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) e do seu vice, Michel Temer (PMDB). O presidente da agremiação, inclusive, teria desdenhado, no seu recente encontro com correligionários pernambucanos, da pré-candidatura presidencial do governador Eduardo Campos (PSB).
“O senador nos disse que a postulação de Eduardo não vai dar em nada, e que o PMDB de Pernambuco teria que marchar com Dilma. No entendimento dele, a melhor forma de fazer isso seria lançado candidato próprio do partido ao Governo do Estado”, revelou uma fonte do Blog da Folha.
Na suposta avaliação de Raupp, o governador Eduardo Campos não vai aguentar a pressão que o Palácio do Planalto prepara contra ele e deverá recuar do seu projeto presidencial, pelo menos no que diz respeito à eleição do próximo ano. “Ele disse que o governo vai pressionar muito ainda”, completou a fonte.
No mesmo encontro com os peemedebistas locais, Valdir Raupp teria destacado que o PMDB poderia analisar algumas alternativas já ventiladas, como a postulação do prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio, ou mesmo a aposta em um quadro novo que poderia ser criado com o ingresso do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB). O socialista, que sonha em disputar o Governo do Estado, estaria de malas prontas para o seu partido e enxergaria no PMDB o melhor quadro possível para entrar na briga pela principal cadeira da administração estadual.