Como já se esperava, o governador Eduardo Campos não confirma ter recebido qualquer “recado” do ex-presidente Lula pedindo para reconsiderar sua candidatura à presidência da República em nome da velha amizade que os une e da unidade das forças políticas que governam o Brasil desde 2013. Para o governador, o que vale nesse caso é a entrevista dada pelo ex-presidente ao jornal “Valor”, reconhecendo a legitimidade da postulação do presidente nacional do PSB.
Embora tenha passado duas semanas sem arredar o pé de Pernambuco, o governador não parou suas articulações objetivando viabilizar-se como candidato. Ele já dá como certo o apoio do DEM e da Mobilização Democrática (fruto da fusão do PPS com o PMN). Mas ainda precisa de mais três ou quatro pequenas agremiações que lhe assegurem, pelo menos, cinco minutos de televisão, o mínimo de tempo necessário para quem se propõe a apresentar um “novo projeto” para o país.
Apesar de estar quase sacramentado, o apoio do DEM só será anunciado em 2014. Há ainda pendências regionais a serem resolvidas como no Rio Grande do Norte, por exemplo, onde o senador e presidente nacional do partido, José Agripino, é adversário da ex-governadora Wilma Faria, principal liderança do PSB naquele Estado. Mas só o fato de o líder da bancada na Câmara Federal, Ronaldo Caiado, já ter quase aderido à candidatura, é meio caminho andado e quem viver, verá.
Por Inaldo Sampaio