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Segundo números da Federação dos Bacamarteiros de Pernambuco (FEBAPE), existem em atividade no Estado mais de cinco mil bacamarteiros. A desorganização e a falta de informação tem levado muitos deles a sofrerem com prisões e apreensões de seus bacamartes por conta da lei do desarmamento.
“A lei do desarmamento é bastante rigorosa no enquadramento do bacamarte como arma de fogo. Toda a regulamentação específica nossa é feita através do exército. Agora é obrigatória a organização (dos bacamarteiros) em associações, para que a prática seja legalizada,” informou Nélson Tadeu Daniel, Secretário Executivo da FEBAPE.
Para discutir esses e outros temas, a Federação promove hoje (03), em Afogados da Ingazeira, Sertão do Pajeú, o 2º Seminário da Cultura Centenária do Bacamarte. O evento ocorre no Cineteatro São José, das 9 às 16 horas, com o apoio da Prefeitura de Afogados da Ingazeira.
O seminário vai reunir mais de 300 bacamarteiros de todo o Estado, para debater os seguintes temas: o bacamarte e a cultura da paz; o bacamarte na visão do exército brasileiro: aspectos legais; a prisão de bacamarteiros e bacamartes: aspectos legais e relatos de casos; o bacamarte e seu entrelaçamento com o xaxado; o bacamarte como prática cultural.
Ao final do seminário, os 300 bacamarteiros sairão, junto com o Prefeito de Afogados, José Patriota, em uma caminhada em direção à Praça Monsenhor Alfredo de Arruda Câmara, onde realizam uma apresentação em frente à Igreja do Senhor Bom Jesus dos Remédios.
“O bacamarte é uma importante tradição cultural do nosso município. Vamos, no âmbito municipal, dar todo o apoio na organização do segmento e na regularização dos bacamarteiros. Não podemos deixar essa tradição centenária morrer,” afirmou o Prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota.(ASCOM)
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