Romário entregou nesta segunda-feira à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), uma petição com mais de 50 mil assinaturas no qual se pede a renúncia do presidente da entidade, José Maria Marin.
Deputado federal pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) levou à CBF uma petição intitulada “Fora Marín”, justo no aniversário do golpe militar de 1º de abril de 1964, que depôs o presidente João Goulart e instaurou um regime que durou até 1985.
O ‘Baixinho’, que desde sua chegada ao Congresso, em 2010, faz críticas pesadas à gestão da CBF, estava acompanhado da também deputada federal Jandira Feghali, do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), e de Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, morto em uma carceragem do Exército em 25 de outubro de 1975.
Marin, que comanda a entidade desde março de 2012, após a renúncia de Ricardo Teixeira, foi acusado de ter vínculos com o regime militar e de ter feito carreira na política paulista nas décadas de 70 e 80, justamente por suas relações com a ditadura.
Ivo Herzog alega que os discursos de José Maria Marín na época apoiavam as prisões arbitrárias e torturas dos opositores ao regime militar, e que uma vítima deles foi seu pai, jornalista da TV Cultura.
Romário alega que o Brasil, sede da Copa do Mundo, não pode ter na presidência da CBF alguém com suspeitas sobre seu passado. “O Brasil é um país democrático. Não tem nada a ver com um regime ditatorial que matou e torturou tantas pessoas”, disse o ex-jogador. No dia 13 de março a CBF publicou em seu site um comunicado intitulado de “Desmascarando uma falsidade”, em que afirma que as acusações contra Marín são “infundadas”. Hoje, não houve qualquer menção ao ato liderado pelo ex-jogador, na página da entidade. (AGÊNCIA EFE)