Não há como deixar de reconhecer que a Associação Municipalista de Pernambuco renasceu depois que o prefeito de Afogados da Ingazeira, José Patriota, assumiu a sua presidência.
A entidade que reúne os prefeitos pernambucanos teve destacada atuação na época dos presidentes Pedro Torres Tunu e Sérgio Miranda, mas de lá para cá perdeu importância.
Os últimos presidentes não estiveram à altura da função e isso levou diversos prefeitos a se desligarem do órgão classista.
Patriota assumiu a presidência há cerca de um mês. E apesar do pouco tempo em que se encontra à frente do cargo, as mudanças ali já são visíveis. Ele não tem medo de encurralar ministros, como fez com Fernando Bezerra Coelho e Ideli Salvati, em Brasília, ao cobrar-lhes a liberação de uma quota-extra de FPM para os municípios que se encontram em “situação de emergência”, nem tampouco de brigar com o presidente da República tal qual fez com Dilma, anteontem, em Fortaleza.
Sua capacidade de luta foi adquirida na convivência que teve durante muitos anos com o bispo emérito da Diocese de sua cidade, Dom Francisco Austregésilo de Mesquita, já falecido, e o ex-governador Miguel Arraes, que o arrastou para a política. A frente de batalha que ele abriu em favor dos municípios pernambucanos pode até não ser vitoriosa. Mas ninguém poderá acusá-lo de não ter combatido o bom combate. Porque se há uma coisa que ele saber fazer é lutar, sem perder a ternura, jamais.
Por: Inaldo Sampaio