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QUANDO UMA MISSA SERVE DE PRETEXTO

A presidente Dilma Rousseff desembarca hoje em Serra Talhada para inaugurar a primeira etapa da adutora do Pajeú. Viria também a São Lourenço, para inspecionar a duplicação de uma BR, porém à última hora cancelou a visita. Alegou que recebera convite do governador do Rio, Sérgio Cabral, para assistir a uma missa pelas vítimas das chuvas em Petrópolis. E, com isso, cancelou também o almoço que teria na casa do governador (e seu provável opositor em 2014) Eduardo Campos.

Pode até não ter sido proposital, mas “missas” têm sido usadas por muitos políticos quando querem se ver livre de um compromisso indesejável. O próprio governador recebeu convite para ir a São Paulo, em meados de fevereiro, para participar da celebração dos 33 anos de fundação do PT e dos 10 em que o partido se encontra à frente do governo federal. Mas como não queria ir alegou que naquela data tinha que estar em Caruaru para a missa de 7º dia do ex-deputado Fernando Lyra.

Haveria uma segunda missa, no Recife, no dia seguinte, à qual o governador poderia comparecer. Mas a de Caruaru foi o pretexto para não encher a bola de um partido do qual ele procura se distanciar. Dilma agora o imitou. Se ela quisesse, de fato, manter a agenda de São Lourenço, bastaria ter pedido ao governador do Rio que marcasse a missa pelas vítimas de Petrópolis para as 19h em vez das 17h. Por aí se chega à conclusão de que, para se livrar de agenda indesejável, até missa serve.

Por Inaldo Sampaio


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