O deputado federal Márcio França, presidente do PSB de São Paulo, é o responsável por coordenar a agenda de eventos do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), no Estado. Mesmo sem bater o martelo se será candidato a presidente da República em 2014, Campos tem realizado uma série de encontros, inclusive em São Paulo, e já busca alianças para garantir a necessária sustentação eleitoral.
França, assim como Campos, não garante a candidatura do presidente nacional do partido, mas disse ao Poder Online que eventos em São Paulo são importantes para o futuro político do governador pernambucano.
O governador Eduardo Campos passou a participar de eventos frequentes em São Paulo recentemente. É uma estratégia para a sua candidatura à Presidência em 2014?
Ele é presidente nacional do partido, é natural que viaje e que tenha chances de ser candidato. Mas isso não é um movimento de candidatura. Como já foi conversado, vamos esperar passar 2013 para tomar uma decisão. Estamos acumulando relações, alianças, promovendo seminários regionais. Mas não existe candidatura à Presidência sem São Paulo.
Com quais partidos o PSB tem conversado?
Eu tenho conversado com o PDT, PPS, DEM e PTB. Essas têm sido conversas positivas, o Eduardo está na mídia todo os dias, é a grande novidade da política.
Como está a relação com o PT diante dessa provável candidatura de Campos?
A relação com PT é boa. Em São Paulo, não temos vínculo com o partido, mas nacionalmente é boa. Não podemos ser condenado por ter essa hipótese de uma eventual candidatura própria. Se consultarmos o partido nacionalmente, 99% quer a candidatura própria. O PT fez isso a vida inteira. E não há nada que respingue no respeito que o PSB tem pelo PT.
E quais são seus planos para 2014?
Eu estou envolvido na decisão de Eduardo, o resto é secundário. Fui coordenador da campanha do Anthony Garotinho em 2002 (que estava no PSB na época), então é natural que eu trabalhe com Eduardo.