Milhares de venezuelanos voltaram às ruas de Caracas nesta sexta-feira (15) em uma procissão funerária para o presidente Hugo Chávez, morto em 5 de março, em meio a protestos da oposição de que o governo estava explorando sua morte para fins eleitorais.
O corpo de Chávez foi levado por cerca de 20 quilômetros pelas ruas de Caracas, desde uma academia do Exército até um museu militar em uma colina onde o ex-soldado iniciou sua carreira política com um golpe frustrado em 1992.
Os eventos de sexta-feira foram o ápice de 10 dias de luto oficial na nação sul-americana, liderada durante 14 anos pelo presidente socialista até a morte dele, vítima de câncer.
“Você é um gigante..voe alto e forte, nós cuidaremos de sua pátria e defenderemos seu legado”, disse sua filha María Gabriela em uma cerimônia religiosa antes do início da procissão.
Embora o corpo seja colocado por enquanto no museu à beira do bairro populoso 23 de Janeiro – notavelmente, a região mais militantemente pró-Chávez na Venezuela – ainda restam dúvidas sobre o local final para seu descanso.
O governo queria embalsamar Chávez “pela eternidade”, ao estilo dos líderes soviéticos Lênin e Stálin e do chinês Mao. Mas, constrangedoramente para a Venezuela, autoridades disseram que o processo foi iniciado tarde demais e pode não ser possível.
O Parlamento deveria debater uma moção nesta semana para uma emenda na Constituição para que o corpo de Chávez seja colocado no Panteão Nacional, perto dos restos mortais de seu ídolo, o herói da independência sul-americana Simon Bolívar.
A Constituição estabelece que a honraria só pode ser concedida para líderes 25 anos após sua morte. (G1.COM)