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EX-PREFEITO NEGA “HERANÇA MALDITA”

O ex-prefeito João da Costa (PT) não aceita a pecha da “herança maldita”, que teria deixado para seu sucessor. Reforçando que entregou a Prefeitura com as receitas equilibradas e dentro dos parâmetros da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), o petista repetiu que deixou para a atual administração um valor aproximado de R$ 4 bilhões, à disposição em contratos e financiamentos.

E buscou na própria equipe atual de Geraldo Julio (PSB) a confirmação desses dados. “Quem é que elaborou esse relatório? A secretária de Planejamento (na gestão João da Costa) Evelyne Labanca que foi nomeada agora presidente do Instituto Pelópidas da Silveira. Então a secretaria que elaborou isso está, hoje, representada no governo Geraldo Julio”, comentou o petista, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, ontem.

João da Costa também relatou de onde vinham as fontes e os valores dos contratos para as obras executadas na sua administração. “O dinheiro da Via Mangue não evaporou. Está lá na Caixa Econômica Federal. Toda vez que for fazer a obra, o governo vai lá e saca. O projeto Suape Educação, que eu assinei em outubro do ano passado. São R$ 230 milhões. Eu gastei R$ 34 milhões e tem cerca de R$ 200 milhões lá no Banco Mundial. O PAC Beberibe são quase R$ 700 milhões”, descreveu.

“Ainda na transição, o representante aqui da CEF sentou com a equipe de Geraldo Julio e mostrou quase R$ 1 bilhão em contratos já assinados e em andamento. Agora, esse dinheiro de contratos e financiamentos não é um dinheiro disponível para o prefeito gastar. O fluxo de caixa é um e o dinheiro para investimento é outro”, argumentou. Segundo o ex-prefeito, todas as obras iniciadas na sua gestão e continuadas na atual administração socialista são indispensáveis para aparar a cidade. “Eu não iniciei nenhuma obra desnecessária. Via Mangue, postos de saúde, escolas. Agora, o ritmo dessas obras vai ser ditado no ritmo de Geraldo Julio”, destacou o petista.

Em sua opinião, o prefeito Geraldo Julio tem mais condições políticas e econômicas para gerir a cidade do que qualquer outro prefeito na história do Recife. “Na atual situação, ele tem dez vezes mais condições objetivas de apoio para fazer o que eu fiz”, afirmou.


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