“Caminho sem volta”, é a definição do deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) sobre o inevitável lançamento da candidatura do presidente nacional do PSB, o governador Eduardo Campos, para o pleito presidencial em 2014. Mas para isso, de acordo com o parlamentar, Campos não precisaria romper com o PT, e assim continuar a manter sua postura de ajudar a presidente Dilma Rousseff (PT) a ganhar 2013, como tem defendido. “Não vamos fazer uma oposição para desmantelar sua administração. Vamos trabalhar para ajudar a presidente até o dia da eleição”, afirmou Gonzaga, em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, ontem.
Outro ponto defendido pelo socialista é que essa candidatura não pertence mais ao governador, e que não caberia a ele querer ou não disputar. “Nós sabemos que um governo que já chega há 12 anos, por melhor que seja – mesmo que Lula tenha ido bem, e Dilma também – o povo quer mudança. Eu vi isso com Jarbas, que ficou oito anos no poder, sob uma gestão que não era ruim, mas as pessoas optaram por mudanças e escolheram Eduardo. No momento essa candidatura não é dele, mas nós da base vamos costurá-la para que até o fim do ano ela seja lançada”, comentou esperançoso.
Patriota rememorou que quando o governador ainda era ministro de Ciência e Tecnologia, em 2006, na gestão do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), havia um desejo grande para que ele se lançasse na disputa pelo governo pernambucano. “Nessa época ele ficava na moita, mas acreditava que Pernambuco tinha outro lado, como o Sertão no qual o governo de Jarbas Vasconcelos (PMDB) não focava. Ele nunca disse que era candidato, mas quando saiu conseguiu fazer coligações, ultrapassou Humberto Costa (PT), no segundo turno, e ganhou o governo”, declarou o deputado.
CÂMARA
Para a próxima semana, Gonzaga Patriota espera articular junto com os demais deputados federais a votação do Orçamento Anual e dos mais de três mil vetos engavetados. O Governo Federal, sem a liberação do orçamento, termina se atrapalhando em suas ações administrativas, segundo Patriota. “A gente vê obras emergências em que os executores não receberam o mês de janeiro e fevereiro está se acabando”, criticou.