Secretários do Governo do Estado devem apresentar, amanhã (18), ao governador Eduardo Campos (PSB), um esboço do aporte financeiro que a gestão deverá oferecer aos prefeitos pernambucanos dentro do conjunto de ações esperadas pelas prefeituras pernambucanas. O “pacote de bondades”, como está sendo chamado o gesto, chegaria para ajudar os Executivos municipais nesse momento de arrocho financeiro. Desde o ano passado, medidas do Governo Federal resultaram em renúncias e desonerações, afetando, diretamente, o repasse de verbas públicas aos municípios. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), as perdas ultrapassam a casa dos R$ 2 bilhões.
Até amanhã , os secretários deverão fechar os orçamentos e apontar o que será destinado de cada pasta para o pacote. Segundo um palaciano, auxiliares do governador Eduardo Campos estão colocando no papel os projetos estruturadores – e que deverão ser priorizados – para calcular o quanto o Estado poderá desembolsar em favor dos prefeitos. Os números serão mostrados ao socialista três dias antes do seminário capitaneado por Eduardo com os gestores municipais. O encontro ocorrerá em Gravatá, durante dois dias: 21 e 22 de fevereiro.
Vale lembrar que, em janeiro passado, o governador Eduardo Campos ordenou aos secretários estaduais otimizarem os gastos da máquina pública para aumentar a capacidade de investimento do Estado em 2013. Pelos cálculos do gestor socialista, deverão ser incrementados à meta prevista cerca de R$ 400 milhões, saltando de R$ 3,1 bilhões para R$ 3,5 bilhões o volume para ser investir em Pernambuco, neste ano. A maior parte deverá vir do enxugamento das contas – R$ 350 milhões – enquanto que o restante do montante – R$ 50 milhões – virá da reserva de contingência.
Ao mesmo tempo em que mantém a sete chaves o valor da milionária cifra que deverá ser desembolsada pelo Governo do Estado para ajudar as prefeituras, o Governo do Estado adotou uma postura mais cautelosa quanto ao assunto. Desde que foi anunciado a intenção de colaborar com os prefeitos, o governador Eduardo Campos busca desviar o foco sobre o tema, claramente para não gerar expectativa grande demais em relação ao aporte que o Estado deverá realizar.