O corpo do ex-ministro da Justiça Fernando Lyra seguiu da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), no Recife, no final da tarde dessa sexta-feira (15), para o sepultamento no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife. Antes, o monsenhor Olivaldo Pereira, de Caruaru, presidiu uma missa de corpo presente, acompanhada pela família, amigos e admiradores. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, e de Caruru, José Queiroz, além do presidente da Alepe, Guilherme Uchôa, participaram da solenidade.
Durante a cerimônia religiosa, o monsenhor afirmou que Fernando Lyra era um homem religioso e ético. “Fernando Lyra não morreu, continua a existir em outra esfera, em outra dimensão, que não podemos enxergar com nossos olhos. […] Com certeza, ele já se encontrou no céu com Dom Hélder [Câmara], os dois que lutaram tanto por aqueles que não tinham vez”, disse, durante o sermão.
O velório aconteceu durante toda a tarde. O corpo de Fernando Lyra chegou à Alepe pouco depois do meio-dia. A sede da Assembleia, na Rua da Aurora, ficou pequena para o grande número de pessoas que compareceram para prestar uma última homenagem ao ex-ministro. Entre os depoimentos de autoridades e cidadãos comuns, lembranças do papel de Lyra na redemocratização do país eram as mais frequentes, em especial a campanha pela eleição de Tancredo Neves e o fim da censura.
O ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho estava visivelmente emocionado. “Fernando Lyra inspirou toda uma juventude, mobilizou as massas, foi um grande conciliador. Ele foi intrépido, tinha uma vontade enorme de servir o país, ainda mais no período da redemocratização, em que lutou pela plenitude da democracia”, destacou.(Katherine Coutinho Do G1 PE)