O deputado federal Gonzaga Patriota (PSB) disse, ontem, que se o presidente nacional do PSB, o governador Eduardo Campos, tivesse interferido na disputa da Câmara, o resultado seria diferente. “Ele (Eduardo) me disse: ‘Eu não posso pedir voto para Júlio Delgado (PSB), nem colocar o partido para apoiá-lo. Sou presidente de um partido da base’. Então, se Eduardo tivesse colocado a mão no meio… Mas ele não queria, não quis e não fez. Eu sou testemunha de que ele não se meteu na campanha de Delgado. E se sabe que quando ele entra, ele entra mesmo”, afirmou Patriota.
O deputado contou que o grupo que apoiou Júlio Delgado esperava que o socialista levasse a eleição para o segundo turno com a ajuda da peemedebista Rose de Freitas. “Nós trabalhamos em cima de 180 votos para Júlio. Esperávamos que a Rose conseguisse uma base de 60. Então, caíram 15 votos de Júlio, e caíram 15 de Rose. Em razão disso, a gente não teve o segundo turno. Mas isso também era esperado, porque na Câmara dos deputados e no Senado, tradicionalmente, os seus membros votam, na grande maioria, nos candidatos oficiais”, criticou Patriota.
Mesmo assim, a avaliação do socialista é de que a eleição do deputado Henrique Alves (PMDB) à presidência da Câmara parece não ter tido um grande “sabor de vitória”. E avaliou como positivo para Júlio Delgado, que obteve 165 votos.