Pouco mais de 20 meses para a eleição presidencial, em 2014, e quatro nomes despontam para a corrida sucessória. Uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo aponta a presidente Dilma Rousseff (PT), o senador Aécio Neves (PSDB), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), e a ex-senadora Marina Silva com pretensos candidatos ao Palácio do Planalto, no próximo ano.
Pelo menos outros dois nomes aparecem na bolsa de apostas: o do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa – que ganhou notoriedade nacional após o julgamento do mensalão – e do ex-deputado federal Fernando Gabeira (PV). No entanto, em ambos os casos, não está claro se ambos estarão na disputa presidencial. E, correndo por fora, o ex-presidente Lula (PT), volta e meio é lembrado pelos aliados, sobretudo pela facção paulista do PT.
Apenas do prazo, há alguns fatores vitais que poderão definir os nomes para 2014: o estado da economia nacional, a popularidade de Dilma e a capacidade de cada postulante ao Planalto de fazer amplas alianças partidárias.
No caso da economia e da popularidade presidencial, há um mistério ainda não bem explicado. O desempenho do Brasil não tem sido bom, mas Dilma permanece bem avaliada. Uma resposta para o aparente paradoxo é que o nível de emprego continua alto. Mas ninguém se arrisca a dizer quanto tempo esse cenário persistirá. No caso das alianças, o PT conseguiu em 2010 montar a mais ampla coalizão formal desde o final da ditadura. Dilma Rousseff foi apoiada oficialmente por dez partidos.
Esse arco de legendas hoje parece um pouco menos propenso a marchar com o PT em 2014. O PSB, com Eduardo Campos, pode ser o primeiro a sair. E o PMDB, o maior de todos, é constantemente assediado por outros projetos de poder. No comando da Câmara e do Senado pelos próximos dois anos, o PMDB deve aumentar seu apetite por cargos. Ao mesmo tempo, Dilma terá de acomodar as demais siglas. A habilidade da presidente para satisfazer a fisiologia de seus aliados determinará o tamanho de sua coalizão eleitoral em 2014.