O vice-governador João Lyra Neto, vai sim deixar o PDT. Não se sabe ainda quando. A provável mudança de comando na presidência nacional do seu partido pode dizer muito sobre a data do seu egresso. O candidato favorito na disputa pela presidência do PDT é o ministro do Trabalho, Brizola Neto. A vitória dele, em março, foi encomendada pela presidente Dilma Rousseff. Quem tem trabalhado para alçar o neto de Leonel Brizola à condição de presidente nacional do PDT é, inclusive, o ex-marido de Dilma, Carlos Araújo. Saindo das mãos de Carlos Lupi para o controle de Brizola Neto, o PDT estará atrelado, automaticamente, aos planos de reeleição da presidente Dilma. Em Pernambuco, isso tem influência à medida que João Lyra é fiel escudeiro do governador Eduardo Campos, que, por sua vez, nutre pretensões nacionais. Se João Lyra permanecer no PDT e o partido mudar de orientação, ele ficará de mãos atadas. Este é um inconveniente que vem sendo pensado nos cálculos que preveem a saída de Lyra Neto do PDT. Uma coisa é certa: Lyra é solidário a Campos. Outra também é: o PSB vai ter candidato ao Governo do Estado, em 2014. E, por fim, o projeto nacional de Eduardo, caso agregue apoios suficientes, estará vinculado aos planos locais para 2014. E Lyra, se, até lá, estiver no PDT, corre o risco de não poder colaborar com o chefe.
Por: Renata Bezerra de Melo – Folha Política