Com responsabilidade e estratégia, o governador Eduardo Campos lançou, na tarde de ontem (28/01), o Projeto de Racionalização de Despesas Correntes, que vai limitar o gasto com a manutenção da máquina pública (custeio) em 90% das despesas liquidadas de 2012. Isso vai representar uma redução de R$ 400 milhões, cifras que se tornarão investimentos em projetos estruturadores. “O exercício de redução é o caminho para aumentar o investimento”, garantiu o governador.
O anúncio aconteceu durante o seminário de apresentação do projeto, na sede da Controladoria Geral do Estado. O encontro reuniu cerca de 100 técnicos do Governo do Estado que vão executar o projeto. Eles, por sua vez, terão que visitar as unidades e, em parceria com os gestores, identificar as despesas que podem ser reduzidas ou cortadas.
Para Eduardo, os cortes têm que ser feitos com responsabilidade, já que as velhas formas só empurravam as despesas e não resolviam o problema. “Antigamente, cortava-se 15% do orçamento todo e não tínhamos como medir o impacto dessa medida no serviço público”, disse o governador, garantindo que as mudanças não vão alterar o funcionamento da máquina.
Telefonia, combustível e prestadores de serviços são exemplos de despesas que entram na mira do projeto e que, de acordo com o secretário estadual da Fazenda, Paulo Câmara, podem ser otimizados. “É importante que sobrem recursos para que a gente possa manter a nossa meta de investimento”, justificou Câmara, afirmando que a meta de R$ 3,5 bilhões será alcançada.
O governador explicou que é um grande desafio para o Estado encontrar um custo mínimo que não prejudique a operação dos serviços. “Temos que fazer Pernambuco gastar bem e, ao mesmo tempo, oferecer um serviço público de qualidade”, completou Eduardo, durante o encerramento do seminário.
André Rodrigues, secretário-executivo da Controladoria da Geral do Estado, disse que os participantes desse seminário já estão com todas as ferramentas necessárias para aplicar as novas regras. “Com esse material, eles vão viabilizar a chegada desse teto e transformar as despesas ruins em boas”, completou o secretário, adiantando que o projeto também será nas demais pastas do Governo.
Além da Secretaria da Fazenda e da Controladoria Geral do Estado, o Projeto de Racionalização de Despesas Correntes foi elaborado pela Secretaria de Administração e pela Procuradoria Geral do Estado.