A juíza Clênya Pereira de Medeiros deve julgar ainda esta semana a Ação de Cassação de Registro de Candidatura ou Diploma contra o prefeito de Ingazeira e candidato reeleito Luciano Torres (PSB). O responsável pela ação foi o promotor de Justiça Leôncio Tavares. Torres, da coligação “Ingazeira é de Todos” é acusado de abuso de poder político e ato de improbidade administrativa por ter usado a máquina e o dinheiro públicos na tentativa de comprar votos.
O promotor explicou na ação que a iniciativa do MPPE surgiu após receber denúncia de uma eleitora, informando que o município depositou R$ 572,24 em sua conta bancária. Ela apresentou um extrato que confirma o depósito, feito em 18 de julho, e ainda relatou que, após o depósito, o secretário de Administração da cidade entrou em contato para informá-la que a quantia deveria ser dividida com outro eleitor e que outros depósitos seriam feitos, caso ela votasse no candidato.
O que diz o Prefeito : Na versão de Luciano Torres, a servidora teria sido pressionada pela esposa do prefeito Zé Veras, Vânia Veras, para dar o depoimento, que teria sido “maquiado”, induzindo-a a incriminar o gestor. Garante Luciano que a servidora já teria dito ao próprio MP que não ocorreu nada do que ela havia dito anteriormente. “Só que como o MP tomou o Depoimento oficialmente, ela teve que apresentar a verdade à Juíza que colheu os depoimentos”, disse Torres à época. Luciano venceu Zé Veras com mais de 70% dos votos. (Blog do Nill Júnior)