O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) subiu nesta terça-feira (11) à tribuna do Senado para fazer um balanço do primeiro biênio do Governo da presidente Dilma Rousseff (PT). O peemedebista – oposicionista declarado à petista – lembrou que quase uma década se passou desde que o ex-presidente Lula (PT) subiu a rampa do Palácio do Planalto e, portanto, não dá mais para ouvir os petistas responsabilizarem os governantes do passado pelos problemas que insistem em permanecer no noticiário da imprensa nacional.
“Talvez um dos exemplos mais evidentes dessa incompetência do Governo do PT seja a atual seca que atinge o Nordeste brasileiro. É inconcebível aceitar a repetição das cenas nos noticiários televisivos mostrando a morte de milhares de animais e o empobrecimento das famílias que moram no Semiárido”, afirmou Jarbas.
Jarbas Vasconcelos ironizou os problemas enfrentados pelo PT e pelo Governo Federal. “2012 se encerra e pode não ser o ano no qual o mundo se acabou, mas com certeza é o ano no qual o PT dá sinais evidentes de esgotamento à frente da Presidência da República. Quer seja pelo desfecho do julgamento do Escândalo do Mensalão por parte do Supremo Tribunal Federal, quer seja pelo surgimento de novas denúncias de corrupção envolvendo figuras de proa do petismo ou pela falta de iniciativa em resolver problemas que só fizeram crescer na última década.”
Um dos pontos destacados por Jarbas na sua fala foi a seca que vem atingindo o Nordeste. “A atual seca que castiga, mais uma vez a região, a maior da História, segundo os especialistas, destruiu os plantios de subsistência, está dizimando os rebanhos, secando os açudes de médio e pequeno portes, enfim, está arrasando a frágil economia da região, voltando a expulsar os jovens de sua terra, deixando para trás as mulheres e os velhos”.
De acordo com o senador peemedebista, a política de irrigação do Governo do PT na última década é “uma vergonha, praticamente inexistente”. Jarbas Vasconcelos também criticou a atuação da presidente Dilma no setor energético. “E estamos falando do setor no qual a presidente da República iniciou sua atuação na administração pública, como secretária de Minas e Energia do Estado do Rio Grande do Sul. Onde fica a imagem de gestora eficiente, implacável com o malfeito, levada ao ar na campanha eleitoral de 2010? Sobram apenas a arrogância e a maneira pouco adequada de tratar os subordinados com gritos e agressões verbais”.