O delegado da Delegacia de Crimes Contra a Propriedade Imaterial, conhecida como Delegacia da Pirataria, Tiago Cardoso, e os outros quatro policiais civis presos durante a Operação Corsário, em março deste ano, foram liberados na noite de ontem do Centro de Observação Criminológica e Triagem (Cotel), às 19h. Tiago estava preso desde março deste ano. Ele é suspeito de comandar um esquema criminoso dentro da delegacia a qual comandava. Ele está afastado das funções até que o processo seja julgado.
Operação Corsário – Em um ano e dois meses a Secretaria de Defesa Social (SDS) investigou as denúncias, dando espaço e liberdade para que cinco agentes públicos dessem provas de que estavam deixando de cumprir suas funções e contribuindo com o crime de pirataria no estado. Nesse tempo, a polícia “colecionou” provas, nas palavras do secretário Wilson Damázio, para prender, em casa, o delegado, um comissário, um escrivão e dois agentes de polícia, todos lotados na especializada.
O grupo estava sendo apontado como responsável por um esquema criminoso que cobrava propinas a grandes comerciantes que estavam sob investigação. Os cinco também foram acusados de receber dinheiro de vendedores de mídias piratas para não realizarem prisões e apreensões ou para liberar mercadorias já apreendidas. O grupo começou a ser investigado em janeiro de 2011 depois que um comerciante denunciou à Corregedoria Geral da SDS que teria recebido a proposta de pagar R$ 5 mil aos policiais para ter de volta sua carga de DVDs piratas que havia sido recolhida pela delegacia.
Além de Tiago, foram presos o comissário Luiz Geovane de Souza, o escrivão Walter Marano de Hollanda Filho e os agentes Márcio José da Silva Paes e Sylvio Roberto Houly Lellis Filho, esse último, irmão da delegada Sylvana Lellis.
O delegado Tiago Cardoso estava à frente da delegacia há pouco mais de dois anos. Por mês, recebia um salário de aproximadamente R$ 10 mil, com as gratificações.
