A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quarta-feira (21) a ampliação do Programa Brasil Quilombola, que passará a contar com ações do programa de erradicação da pobreza extrema do governo federal, o Brasil Sem Miséria. O anúncio faz parte das homenagens ao Dia da Consciência Negra, celebrado nesta terça-feira (20).
O programa, de acordo com anúncio do governo, terá três eixos: regularização fundiária, acesso à terra e inclusão produtiva e ações sociais. “Não podemos permitir que nas comunidades quilombolas estejam as populações mais vulneráveis do nosso país. É por isso que, além da regularização fundiária, nós queremos que lá chegue crédito, assistência técnica, energia, água, canais de comercialização e o Luz para Todos”, discursou a presidente durante cerimônia, no Palácio do Planalto.
A presidente afirmou que a desigualdade no Brasil tem gênero, raça e idade. “A desigualdade no nosso país tem gênero. Ela é dominantemente feminina. A desigualdade no nosso país tem raça, ela tem a face negra. A desigualdade no nosso país também tem idade, é preferencialmente uma coisa que afeta duramente as crianças”, disse.
Dilma afirmou que a ampliação do Programa Brasil Quilombola repara “injustiças históricas”. A população brasileira, disse a presidente, tem que saber a importância das “nossas raízes nacionais”. “Não podemos nunca pensar o Brasil como nação sem pensar a contribuição dos afrodescendentes”, declarou.