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CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA A GRIPE É PRORROGADA

Por G1

A campanha nacional de vacinação contra a gripe foi prorrogada até o dia 9 de junho, de acordo com o Ministério da Saúde. A meta é alcançar 90% das 54,2 milhões de pessoas incluídas no público-alvo, mas, até esta quinta-feira, apenas 63,6% haviam recebido a sua dose.

Dos grupos que podem tomar a vacina pelo SUS, os idosos têm, até o momento, a maior cobertura: 72,4% desse público já se vacinou. Entre as puérperas, mulheres que tiveram bebê recentemente, o alcance foi de 71,2% e, entre os indígenas, de 68,6%.

Os grupos que menos se vacinaram foram as crianças, com 49,9% de cobertura, gestantes, com 53,4% e os trabalhadores de saúde, com 64,2%. Este ano, a novidade da campanha foi a inclusão dos professores da rede pública e privada no público alvo. Até o momento, 60,2% deles se vacinaram.

MINISTÉRIO DO TRABALHO EM BRASÍLIA É ESVAZIADO APÓS SUSPEITA DE BOMBA

Por G1 DF

Os funcionários do Ministério do Trabalho foram avisados para que deixassem o prédio e que o público próximo se afastasse após a identificação de uma suspeita de bomba no 9º andar, na manhã desta quinta-feira (25).

A Polícia Federal e o Esquadrão Antibombas estão no local. Exército faz barreira em frente ao ministério para impedir que pessoas se aproximem.

O servidor Flávio Lopes disse que estavam trabalhando normalmente e os brigadistas e seguranças passaram nos andares avisando sobre a ameaça de bomba e pedindo para descer. Um dos servidores filmou o momento que os funcionários deixavam o prédio.

ACESSO AO JABURU, RESIDÊNCIA OFICIAL DE TEMER, ESTÁ BLOQUEADO ATÉ PARA IMPRENSA

Estadão Conteúdo

A segurança da Presidência da República fechou os três acessos ao Palácio do Jaburu, residência oficial do presidente Michel Temer. Duas equipes de reportagem de empresas de comunicação que estavam próximas à portaria do Palácio, fazendo o trabalho jornalístico, foram retiradas pela segurança a manhã desta quarta-feira, 24. Nem mesmo a circulação de pedestres é permitida no local neste momento.

Está programada para esta quarta a Marcha das Centrais a Brasília, um protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência. A previsão da organização é reunir 100 mil manifestantes na capital e o movimento deve também pedir a saída do presidente Michel Temer, após as revelações da delação dos executivos da JBS. O trânsito na Esplanada dos Ministérios está bloqueado desde à 0h desta quarta-feira, assim como várias vias da região central de Brasília.

A última fez que foi fechado o acesso ao Jaburu foi no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, quando Temer, então vice-presidente, fez a solicitação à segurança. Até a publicação desta matéria, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto não havia se pronunciado sobre o esquema de segurança e nem informado quem o presidente irá receber pela manhã.

POLÍCIA FEDERAL PRENDE 2 EX-GOVERNADORES DO DISTRITO FEDERAL

Por Ana Paula Andreolla, Graziele Frederico e Luiza Garonce, TV Globo, G1 DF

A Polícia Federal prendeu na manhã desta terça-feira (23) os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli, atual assessor do presidente Michel Temer. Eles são alvo de uma operação que investiga um esquema de corrupção na reforma do estádio Mané Garrincha, em Brasília.

As investigações apontam que o deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF) também recebeu dinheiro desviado das obras.

A operação, batizada de Panatenaico, é baseada em delação premiada de executivos da Andrade Gutierrez sobre um esquema de corrupção na reforma do Mané Garrincha. A PF diz que as obras podem ter sido superfaturadas em cerca de R$ 900 milhões, visto que estava orçada em R$ 600 milhões mas custou R$ 1,575 bilhão.

Agnelo, Arruda e Filippelli são alvos de mandados de prisão temporária, que tem duração de cinco dias. Além deles, a PF prendeu Maruska Lima, ex-presidente da Terracap, empresa do governo do Distrito Federal. Há ainda outros 6 mandados de prisão temporária, 3 de condução coercitiva (quando alguém é levado a depor) e 15 de busca e apreensão, todos expedidos pela 10ª 10ª Vara da Justiça Federal no DF.

Ao G1, o deputado Rogério Rosso disse que ainda não foi informado de que é investigado na operação. “Deve ser um equívoco”, afirmou. O advogado de Arruda, Paulo Emílio, disse que ainda está “tomando pé das circunstâncias”, mas que vai tentar revogar o mandado prisão.

O G1 tentou contato com o advogado do ex-governador Agnelo Queiroz, mas não obteve respostas até o momento da publicação desta reportagem. A defesa do ex-vice-governador Tadeu Filippelli, afirmou que “preferia não se pronunciar por enquanto”. Procuradas, as advogadas da ex-presidente da Terracap Maruska Lima, não atenderam.

Cerca de 80 policiais divididos em 16 equipes participam da operação. O nome é referência ao Stadium Panatenaico, sede dos jogos panatenaicos, competições realizadas na Grécia Antiga que foram anteriores aos jogos olímpicos.

Outras investigações
Além dos políticos, a operação desta terça tem como alvo agentes públicos, construtoras e operadores das propinas que atuaram na época. Segundo a PF, a suspeita é de que com a intermediação dos operadores, os agentes públicos tenham simulado etapas da licitação. O Mané Garrincha não recebeu financiamento do BNDES, mas da Terracap, empresa do governo do Distrito Federal que não tinha este tipo de operação prevista entre suas atividades.

Agnelo, que foi governador do DF de 2011 a 2015, foi condenado a ficar inelegível por oito anos em 2016. O Tribunal Regional Eleitoral entendeu que ele e seu vice, Filippelli, usaram a publicidade do governo para se favorecer a campanha de 2014.Em fevereiro passsado, o Tribunal Superior Eleitoral manteve a punição ao ex-governador, mas absolveu o ex-vice.

Filippelli foi nomeado assessor especial do gabinete pessoal de Temer em setembro de 2016. Antes, integrava, desde 2015, a assessoria parlamentar da vice-presidência da República. Segundo blog da Andréia Sadi, Filippelli despacha no 3º andar, onde fica o presidente, e é um dos assessores que faz a interlocução de bastidor com o Congresso e empresários.

Em julho de 2014, Arruda foi condenado pelo Tribunal de Justiça do DF por improbidade administrativa e pelo suposto envolvimento no esquema de corrupção conhecido por mensalão do DEM. No mesmo ano, ele teve o registro barrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base na Lei da Ficha Limpa e renunciou a candidatura para governador do DF.

O ministro Luiz Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Justiça Federal do Distrito Federal as citações feitas por delatores da Odebrecht e relacionadas a obras na capital federal, em abril deste ano. As supostas irregularidades se referem às obras do estádio Mané Garrincha, do novo

Centro Administrativo, em Taguatinga, e do condomínio Jardins Mangueiral.

Duas das petições citam o ex-governador do DF José Roberto Arruda. O ex-governador Agnelo Queiroz (PT) é alvo de outra petição.

LULA CHEGA A CURITIBA PARA PRESTAR DEPOIMENTO AO JUIZ SÉRGIO MORO

Por Adriana Justi, G1 PR, Curitiba

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve prestar depoimento ao juiz Sérgio Moro na tarde desta quarta-feira (10), chegou ao Aeroporto Internacional Afonso Pena, em Curitiba, às 10h18.

Ele chegou em um avião particular que partiu de São Paulo às 9h30 com cerca de sete pessoas. Após o pouso, a aeronave seguiu para o hangar da JMalucelli Aviação no aeroporto. Um esquema de segurança está montado no entorno do hangar.

A audiência está marcada para as 14h na sede da Justiça Federal, que fica no bairro Ahú. É o primeiro depoimento de Lula na presença de Moro e na condição de réu da Lava Jato.

Para o depoimento, foi montado um esquema de segurança com bloqueios no trânsito e forte presença policial no entorno da Justiça Federal.

Também nesta manhã, a ex-presidente Dilma Rousseff embarcou em um voo comercial de Porto Alegre com destino a Curitiba, que pousou no aeroporto Afonso Pena um pouco depois do avião com Lula.

No final da tarde de terça (9), os advogados de Lula entraram com três recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra decisões do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) que havia negado pedidos da defesa para adiar o depoimento. Até a manhã desta quarta não havia decisão sobre os recursos.

ATOR NELSON XAVIER MORRE AOS 75 ANOS EM UBERLÂNDIA

Por G1

O ator Nelson Xavier morreu, aos 75 anos, na madrugada desta quarta-feira, 10, em Uberlândia, Minas Gerais. Tereza Villela Xavier, filha do ator, usou sua página no Facebook para falar da perda do pai.

“Lamento informar a quem possa interessar que meu pai, Nelson Xavier, faleceu esta noite em Uberlândia. Seu corpo será transferido, celebrado e cremado no Rio de Janeiro em cemitério ainda não determinado. Agradeço desde já as mensagens de apoio. Ele virou um planeta! Estrela ele já era. Fez tudo que quis, do jeito que quis e da sua melhor maneira possível, sempre”, escreveu ela.

Em 2014, durante o Festival de Gramado, Nelson Xavier contou que fez tratamento contra o câncer de próstata em 2004 e que estava livre da doença. Foi lá também que recebeu o prêmio de melhor ator com “A despedida”, um de seus últimos trabalhos.

Nelson Xavier já vinha sendo tratado em uma clínica de geriatria na cidade, prestadora de serviço do Hospital Santa Genoveva. Segundo informações do hospital ao G1, ele deu entrada nesta terça-feira, 9, às 10h57 e, em seguida, transferido para um quarto particular. Inicialment a morte ocorreu decorrente de um agravamento de uma doença pulmonar que ele estava tratando e o óbito constatado por volta das 00h45.

“O ator faleceu próximo a amigos e familiares. Estava com o semblante sereno”, disse o o médico geriatra Tiago Ferolla. O corpo foi encaminhado para uma funerária do município e deve ser levado no início da tarde para o Rio de Janeiro.

TRF4 NEGA PEDIDO DE LULA PARA SUSPENDER PROCESSO SOBRE TRIPLEX

Por G1 RS

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) negou o pedido da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a suspensão do processo do triplex da empreiteira OAS. Com isso, está mantido o depoimento do petista ao juiz Sérgio Moro nesta quarta (10), em Curitiba.

A decisão é do juiz federal Nivaldo Brunoni, convocado para substituir desembargador federal relator da Lava Jato na 8ª Turma, em Porto Alegre, João Pedro Gebran Neto. O G1 entrou em contato com os advogados de Lula e aguarda uma posição.

A defesa do ex-presidente recorreu com um habeas corpus que pede liminarmente a suspensão do processo sobre o triplex da empreiteira OAS. No pedido, os advogados solicitavam ainda mais tempo para análise de documentos.

Em sua decisão, o magistrado destacou que o interrogatório de Lula ganhou repercussão nacional e que isso mudou a rotina do da Justiça Federal de Curitiba. “Medidas excepcionais foram tomadas para evitar tumulto e garantir a segurança nas proximidades do fórum federal; prazos foram suspensos, o acesso ao prédio-sede da Subseção Judiciária será restrito a pessoas previamente identificadas e o trânsito nas imediações será afetado, medidas que vem mobilizando vários órgãos da capital paranaense”, escreveu Brunoni.

Para o magistrado, não há razão para suspender o depoimento e o andamento da ação penal.

“Assim, ausente flagrante ilegalidade e possibilitada pela própria autoridade coatora a apresentação de documentação até a fase do art. 402 do CPP e, ainda, a eventual repetição de atos processuais já realizados, não há razão para o deferimento de suspensão do interrogatório do paciente e sobrestamento da ação penal”, diz o texto.
A defesa de Lula alega que “é materialmente impossível” analisar a documentação do processo até esta quarta (10), data em que o depoimento do ex-presidente ao juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal de Curitiba, está marcado. O MPF acusa Lula de receber um triplex da construtora, como pagamento de propina. O petista nega as acusações.

No habeas corpus, a defesa também pedia “a concessão da ordem para que seja concedido prazo razoável para a análise dos documentos, além da apresentação da íntegra da relação antes requerida e deferida pelo Juízo, com a eventual renovação dos atos processuais subsequentes que tenham sido prejudicados pela decisão ilegal.”
Conforme a defesa de Lula, existem “5,42 gigabytes de mídia e cerca de 5 mil documentos estimados cerca de 100 mil páginas”.

Porém, segundo Brunoni, a documentação que a Petrobras anexou ao processo foi requerida pela própria defesa e não está relacionada aos contratos indicados na denúncia. “Não há ilegalidade no não fornecimento de contratos e documentos que não digam respeito às imputações não contidas na denúncia”, explicou o relator.

O relator também negou a suspensão da tramitação do processo, também requerida pela defesa, até que examinasse todos os documentos. “Foge do razoável a defesa pretender o sobrestamento da ação penal até a aferição da integralidade da documentação por ela própria solicitada, quando a inicial acusatória está suficientemente instruída”, concluiu.

Moro retomou na última quinta-feira (4) os depoimentos de réus no processo. As audiências deveriam ter sido realizadas em 28 de abril, mas foram adiadas a pedido dos advogados, em função da greve geral marcada para aquele dia.

Lula também teve o depoimento adiado, mas a pedido da Polícia Federal, que alegou não ter conversado com as autoridades competentes para garantir a segurança no dia 3 de maio, data original da oitiva.

MORO ESTÁ DETERMINADO A IMPEDIR CANDIDATURA DE LULA, DIZ HUMBERTO

A um dia do primeiro depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro, no âmbito da Operação Lava Jato, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), criticou a conduta parcial adotada pelo magistrado contra o petista. O parlamentar avalia que Moro atua como um promotor no caso, e não como um juiz, e que está determinado a impedir a candidatura de Lula, líder em todas as pesquisas de opinião para a disputa presidencial de 2018.

“Todos nós acompanhamos, com uma grande preocupação, esse papel que o próprio juiz tem assumido em relação ao processo de julgamento do presidente Lula. Ele teria que se declarar, sem dúvida, suspeito para esse julgamento, porque tem assumido, claramente, o papel não de juiz do processo, mas quase que de um promotor, quase que de acusador”, afirmou Humberto no plenário do Senado, nessa segunda-feira.

O senador viajou para Curitiba, nesta terça-feira, para participar de uma reunião da Executiva Nacional do PT, da qual é integrante, e acompanhar, amanhã, o depoimento de Lula.

Ao longo das investigações da Lava Jato, o juiz já cometeu uma série de equívocos, ressaltados inclusive por juristas renomados, como a autorização de uma condução coerciva de Lula sem nunca o ter chamado para depor, a liberação de grampos telefônicos ilegalmente e, agora, a rejeição da gravação do depoimento solicitada pela defesa do petista.

Para Humberto, o magistrado faz acusações descabidas e nega várias iniciativas dos advogados de Lula que são do direito de defesa individual de cada cidadão.
“Quem tem criado todo um ambiente de holofotes sobre esse julgamento é o juiz Sergio Moro. E agora vem querer acusar o presidente Lula de transformar o seu depoimento em ato político. Ato político ou atos políticos foram aqueles que foram cometidos desde o início desse processo contra Lula. E não por ele”, reiterou.

O senador ressaltou que a última semana também ficou marcada por algo absolutamente surreal: todos os possíveis delatores foram urgentemente chamados a depor, segundo ele, sem obrigação de dizer a verdade, para fazer acusações sem provas ao presidente Lula.

De acordo com o parlamentar, chegou ao ponto de um deles dizer que tinha uma conta secreta no exterior, que o presidente Lula teria dito a ele que apagasse todos os indícios para a conta não permanecer mais ativa.

“E o sistema financeiro internacional? O sistema financeiro suíço não tem registradas as contas que foram abertas e foram fechadas? É óbvio que isso é uma falta com a verdade, que foi cometida por esse cidadão. E mais ainda: qual é a intenção final do Sr. Sérgio Moro? É exatamente criar as condições para impedir a candidatura do Presidente Lula”, criticou.

O líder da Oposição questionou os reais interesses de Moro em relação ao futuro do país. Da tribuna, ele perguntou se é justo que uma única pessoa, um único cidadão queira caçar o direito de centenas de milhões de brasileiros de escolher um candidato a Presidente da República.

“Porque é isto que está acontecendo: a perseguição, a politização, tudo que tem sido feito pelo juiz Sérgio Moro. Ao final vai querer chegar a esta definição: o impedimento da candidatura”, concluiu.

Para a quarta-feira, um grande ato está previsto em Curitiba com a finalidade de acompanhar o depoimento do ex-presidente. Lula é esperado no evento na capital paranaense, logo após o fim da sua audiência na 13ª Vara da Justiça Federal.

MORO PEDE A ALIADOS PARA NÃO IREM A CURITIBA

O juiz federal Sergio Moro divulgou um vídeo na noite deste sábado (6) pedindo que os simpatizantes da Operação Lava Jato não compareçam à sede da Justiça Federal, em Curitiba, durante o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcado para a próxima quarta (10).

O petista vai ser ouvido como réu em uma ação penal sobre supostos benefícios pagos a ele pela construtora OAS.

Na gravação, publicada em uma página do Facebook mantida por sua mulher, Moro afirma que “nada de diferente ou anormal” vai acontecer no dia do interrogatório.”É uma oportunidade que o senhor ex-presidente vai ter para se defender, é um ato normal do processo.”

E continuou: “Tenho ouvido que muita gente que apoia a Operação Lava Jato pretende ir a Curitiba manifestar esse apoio ou pessoas aqui mesmo de Curitiba pretendem vir aqui manifestar esse apoio. Eu diria o seguinte: esse apoio sempre foi importante, mas nessa data ele não é necessário”.

Para o juiz federal, tudo que se quer evitar na ocasião é “alguma espécie de confusão”. “Acima de tudo, não quero que ninguém se machuque em eventual conflito ou discussão nessa data. Por isso a minha sugestão é: não venha, não precisa. Tudo vai ocorrer na normalidade.”

Grupos favoráveis à Lava Jato e simpatizantes do ex-presidente pretendem ir à rua onde fica o prédio da Justiça na tarde da próxima quarta, quando ocorrerá a audiência.

O depoimento tinha sido marcado para o último dia 3, mas foi reagendado porque os órgãos de segurança pediu mais tempo para preparar o local para as manifestações.

AS PROVAS CONTRA LULA: 3 MIL EVIDÊNCIAS, 13 CASOS E R$ 80 MILHÕES EM PROPINA

DIEGO ESCOSTEGUY – REVISTA ÉPOCA

No fim da tarde de uma segunda-feira recente, o ex-­presidente Luiz Inácio Lula da Silva subiu ao palco de um evento organizado pelo PT em Brasília. Empunhou sua melhor arma: o microfone. Aos profissionais da imprensa que cobriam o evento, um seminário para discutir os rumos da economia brasileira, o ex-presidente dispensou uma ironia: “Essa imprensa tão democrática, que me trata maravilhosamente bem e, por isso, eu os amo, de coração”. Lula estava a fim de debochar. Não demorou para começar a troça sobre os cinco processos criminais a que responde na Justiça. Disse que há três anos ouve acusações sem o direito de se defender, como se não tivesse advogados. “Eu acho que está chegando a hora de parar com o falatório e mostrar prova. Eu acho que está chegando a hora em que a prova tem de aparecer em cima do papel”, disse, alterado. Lula repetia, mais uma vez, sua tática diante dos casos em que é réu: sempre negar e nunca se explicar. E prosseguiu: “Eu quero que eles mostrem R$ 1 numa conta minha fora desse país ou indevida. Não precisa falar que me deu 100 milhão, 500 milhão, 800 milhão… Prove um. Não estou pedindo dois. Um desvio de conduta quando eu era presidente ou depois da Presidência”. Encerrou o discurso aplaudido, aos gritos de “Brasil urgente, Lula presidente!”.

A alma mais honesta do Brasil, como o ex-presidente já se definiu, sem vestígio de fina ironia, talvez precise consultar seus advogados – ou seus processos. Há, sim, provas abundantes contra Lula, espalhadas em investigações que correm em Brasília e em Curitiba. Estão em processos no Supremo Tribunal Federal, em duas Varas da Justiça Federal em Brasília e na 13ª  Vara Federal em Curitiba, aos cuidados do juiz Sergio Moro. Envolvem uma ampla e formidável gama de crimes: corrupção, lavagem de dinheiro, organização criminosa, crime contra a Administração Pública, fraude em licitações, cartel, tráfico de influência e obstrução da Justiça. O Ministério Público Federal, a Polícia Federal, além de órgãos como a Receita e o Tribunal de Contas da União, com a ajuda prestimosa de investigadores suíços e americanos, produziram, desde o começo da Lava Jato, terabytes de evidências que implicam direta e indiretamente Lula no cometimento de crimes graves. Não é fortuito que, mesmo antes da delação da Odebrecht, Lula já fosse réu em cinco processos – três em Brasília e dois em Curitiba. Também não é fortuito que os procuradores da força-tarefa da Lava Jato, após anos de investigação, acusem Lula de ser o “comandante máximo” da propinocracia que definiu os mandatos presidenciais do petista, desfalcando os cofres públicos em bilhões de reais e arruinando estatais, em especial a Petrobras.

A estratégia de Lula é clara e simples. Transformar processos jurídicos em campanhas políticas – e transformar procuradores, policiais e juízes em atores políticos desejosos de abater o maior líder popular do país. Lula não discute as provas, os fatos ou as questões jurídicas dos crimes que lhe são imputados. Discute narrativas e movimentos políticos. Nesta quarta-feira, dia 10, quando estiver diante de Moro pela primeira vez, depondo no processo em que é réu por corrupção e lavagem de dinheiro, acusado de receber propina da OAS por meio do tríplex em Guarujá, Lula tentará converter um ato processual (um depoimento) num ato político (um comício).

Se não conseguir desviar a atenção, saindo pela tangente política, Lula terá imensa dificuldade para lidar com as provas – sim, com elas. Nesses processos e em algumas investigações ainda iniciais, todos robustecidos pela recente delação da Odebrecht, existem, por baixo, cerca de 3 mil evidências contra Lula. Elas foram analisadas por ÉPOCA. Algumas provas são fracas – palavrórios, diria Lula. Mas a vasta maioria corrobora ou comprova os crimes imputados ao petista pelos procuradores. Dito de outro modo: existe “prova em cima de papel” à beça. Há, como o leitor pode imaginar, toda sorte de evidência: extratos bancários, documentos fiscais, comprovantes de pagamento no Brasil e no exterior, contratos fajutos, notas fiscais frias, e-mails, trocas de mensagens, planilhas, vídeos, fotos, registros de encontros clandestinos, depoimentos incriminadores da maioria dos empresários que pagavam Lula. E isso até o momento. As investigações prosseguem em variadas direções. Aguardem-se, apesar de alguns percalços, delações de homens próximos a Lula, como Antonio Palocci e Léo Pinheiro, da OAS. Renato Duque, ex-executivo da Petrobras, deu um depoimento na sexta-­feira, dia 5, em que afirma que Lula demonstrava conhecer profundamente os esquemas do petrolão. Existem outras colaborações decisivas em estágio inicial de negociação. Envolvem crimes no BNDES, na Sete Brasil e nos fundos de pensão. Haja prova em cima de papel.

Trata-se até agora de um conjunto probatório, como gostam de dizer os investigadores, para lá de formidável. Individualmente e isoladas, as provas podem – apenas – impressionar. Coletivamente, organizadas em função do que pretendem provar, são destruidoras; em alguns casos, aparentemente irrefutáveis. Nesses, podem ser suficientes para afastar qualquer dúvida razoável e, portanto, convencer juízes a condenar Lula por crimes cometidos, sempre se respeitando o direito ao contraditório e à ampla defesa – e ao direito a recorrer de possíveis condenações, como qualquer brasileiro. Não é possível saber o desfecho de nenhum desses processos.

Ainda assim, os milhares de fatos presentes neles, na forma de provas judiciais, revelam um Lula bem diferente daquele que encanta ao microfone.