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Justiça bloqueia carros de luxo e ônibus de suspeitos de financiar atos golpistas em Brasília

g1 — A pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), a Justiça Federal determinou o bloqueio de bens de 52 pessoas e sete empresas suspeitas de financiar os atos golpistas de 8 de janeiro. Alguns bens já foram bloqueados e incluem carros de luxo e ônibus de turismo.

Segundo documentos obtidos pelo blog, o empresário Ademir Luis Graeff teve uma Mercedes Benz de luxo, modelo GLA 250, bloqueada para ajudar a pagar pelos prejuízos causados pelos invasores do Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.

Ele é empresário no Paraná, região onde o ex-presidente Jair Bolsonaro teve um forte apoio.

Um empresário de Santa Catarina, Amir Roberto El Dine, teve cinco veículos bloqueados, também com a finalidade de cobrir os prejuízos causados ao patrimônio público.

Uma empresa de turismo, Gran Brasil Viagens e Turismo Ltda, de Minas Gerais, teve sete ônibus bloqueados.

As pessoas físicas e empresas suspeitas de financiarem a invasão de prédios públicos terão, agora, durante o processo, a oportunidade de se defenderem. Se conseguirem comprovar que não tiveram ligação com os atos, terão seus bens devolvidos.

Os dois empresários e a empresa de turismo estão na relação das primeiras medidas cautelares adotadas a partir do pedido da AGU, que fez o pedido com base nas investigações realizadas até agora.

Moraes mantém presos 140 golpistas e aponta crimes como terrorismo e golpe de estado

Outros 60 foram liberados com tornozeleira e proibidos de usar redes sociais. Ministro ainda vai analisar mais de 1.200 casos.

Via g1

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre Moraes decidiu manter presos 140 pessoas envolvidas nos atos de terror de 8 de janeiro, em Brasília.

Moraes decidiu ainda libertar outras 60 pessoas que foram detidas no dia dos atos, quando radicais bolsonaristas invadiram e depredaram a o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF.

No caso dos 140 radicais que foram mantidos detidos, o ministro converteu a prisão em flagrante deles em prisão preventiva, que não tem prazo para terminar.

Em nota, o ministro justificou a medida apontando a necessidade de garantir a ordem pública e “a efetividade das investigações”.

A legislação determina que uma prisão preventiva pode ser decretada como garantia da ordem pública, ordem econômica, conveniência da instrução criminal ou aplicação da lei penal.

Isso vale apenas para casos em que houver prova da existência do crime e indícios suficientes sobre sua autoria e do perigo gerado pela liberdade de quem é alvo do mandado.

Condutas gravíssimas

Moraes considerou que as condutas ilícitas são “gravíssimas” e tiveram como objetivo “coagir e impedir o exercício dos poderes constitucionais constituídos”.

Segundo Moraes, os radicais bolsonaristas afrontaram a manutenção do estado democrático de direito, em “evidente descompasso com a garantia da liberdade de expressão”.

Em relação à manutenção das prisões, o ministro considerou haver provas da participação “efetiva” dos investigados em uma organização criminosa com o intuito de desestabilizar as instituições republicanas.

Moraes ressaltou ainda a necessidade de se apurar quem são os financiadores da vinda e permanência dos terroristas em Brasília.

Santander anuncia novas condições para adiantar o saque-aniversário do FGTS

O Santander Brasil acaba de anunciar as novas condições para adiantar o saque-aniversário com garantia do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço). A modalidade possui juros iniciais de 1,89% ao mês, taxa menor que outras linhas de crédito pessoal. 

Entre as novidades estão a possibilidade de adiantamento de até cinco ciclos do saque-aniversário e o valor mínimo de R$ 300. A linha de crédito está disponível para correntistas do Banco.

 

“O adiantamento do saque aniversário é um crédito com garantia do FGTS, por isso é uma linha com taxas atrativas e que não compromete a renda mensal. A modalidade é uma excelente alternativa para quem quer fazer uma viagem ou para colocar as contas em dia”, explica a diretora de produtos de crédito para pessoa física do Santander, Luciana de Aguiar Barros.

Os correntistas podem aderir ao adiantamento do saque aniversário no aplicativo do FGTS ou pelo site www.fgts.caixa.gov.br, e autorizar o Santander a ter acesso aos dados. A operação é formalizada pelo canal de empréstimos ou pelo app do Banco, diretamente no chat GENT&. A adesão ao serviço é realizada mediante aprovação de crédito e condições no momento da contratação. Mais informações: https://www.santander.com.br/banco/saque-fgts.

Mulher que financiou transporte e hospedagem de envolvidos em ataque bolsonarista em Brasília é presa no RJ

Uma mulher de 48 anos, identificada como Elizângela Cunha Pimentel Braga, se entregou à Polícia Federal, em Campos dos Goytacazes, na noite desta segunda-feira (16), após uma operação contra suspeitos de organizar e financiar atos terroristas em Brasília.

Ela compareceu à delegacia acompanhada da defesa. Segundo as investigações, a mulher, que é da cidade de Itaperuna, recebeu doações que foram repassadas para os moradores de Campos que estavam acampados em Brasília. O g1 tenta contato com a defesa de Elizângela.

A Polícia Federal diz que provas demonstram que os três alvos do pedido de prisão financiaram o transporte e a hospedagem de bolsonaristas do Norte Fluminense que foram para Brasília participar dos ataques terroristas aos prédios do Supremo Tribunal Federal (STF), Congresso e Palácio do Planalto no dia 8 de janeiro.

A PF tenta descobrir quem estava nos ônibus e vans que levaram moradores do Norte Fluminense para participar dos atos no Distrito Federal. Para isso, as equipes vão analisar celulares, computadores e anotações colhidas na casa da Elizângela durante a Operação Ulysses.

Lula dispensa 40 militares que atuavam no Palácio do Alvorada uma semana após atos terroristas

 

Via Folha PE

Após demonstrar desconfiança com os militares que atuam no governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dispensou 40 integrantes das Forças Armadas que atuavam na Coordenação de Administração do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República. Lula e a primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, planejam se mudar para o local depois da viagem para a Argentina, no dia 25 de janeiro.

Também foram dispensados mais três militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) que atuam na Coordenação-Geral de Operações de Segurança Presidencial.

As dispensas foram publicadas nesta terça-feira no Diário Oficial da União (DOU). Além dos 40 militares do Palácio da Alvorada, foram dispensados o 2º tenente do Exército Brasileiro, Luciano Cerqueira de Araújo, e o cabo da Força Aérea Brasileira, Jasian Pereira Cardoso, que atuavam na Coordenação-geral da Administração das residências oficiais.

O segundo trabalhava na Granja do Torto, uma das residências oficiais, mas que era ocupada pelo ex-ministro da Economia Paulo Guedes no fim do governo de Jair Bolsonaro.

Eu ainda não conversei com as pessoas a respeito disso. Eu estou esperando a poeira baixar. Quero ver todas as fitas gravadas dentro da Suprema Corte, dentro do palácio. Teve muito gente conivente. Teve muita gente da PM conivente. Muita gente das Forças Armadas aqui dentro conivente. Eu estou convencido que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar porque não tem porta quebrada. Ou seja, alguém facilitou a entrada deles aqui — disse Lula, durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, na quinta-feira.

PGR já tem 40 denúncias prontas sobre envolvidos em atos golpistas, diz Aras em reunião com Lira

Procurador-geral da República, Augusto Aras, em reunião com o presidente da Câmara, Arthur Lira. — Foto: Reprodução

Via g1

O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta segunda-feira (16) que o Ministério Público Federal (MPF) já tem 40 denúncias prontas contra os envolvidos nos atos de terror praticados por bolsonaristas radicais.

Aras informou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sobre o número durante um encontro nesta manhã na Procuradoria Geral da República. Lira entregou uma notícia-crime com informações sobre o vandalismo ocorrido no prédio da Câmara.

“Hoje já temos 40 denúncias prontas. E associaremos até sexta feira as novas denúncias que poderão ser acompanhadas de medidas cautelares para essas pessoas que foram presas depredado e invadindo a Câmara Federal, ou se não houver elementos para a denúncia, providenciaremos os inquéritos”, afirmou Aras.

Lira colocou a advocacia da Câmara à disposição para ajudar a instruir o processo contra os invasores e destacou o “risco que o Brasil correu” durante o episódio.

“Muito mais do que a depredação do patrimônio público, um atentado às instituições, o risco que o Brasil correu”, afirmou. “Estamos à disposição do MP para que todas as necessidades de documentação que seja preciso para instruir esse processo a Câmara possa dispor de tudo o que ela puder”, acrescentou Lira.

Anderson Torres permanece preso em Brasília

Imagem: Poder 360 | Reprodução

Via thenewscc

O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, foi preso ao chegar no aeroporto de Brasília, retornando de suas férias em Orlando, nos EUA.

Entenda — Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão preventiva de Anderson Torres, afirmando que ele teria sido omisso ao não conter a invasão nas sedes dos poderes em Brasília.

Depois de receber a notícia, Torres prometeu retornar ao Brasil. O ministro da Justiça e Segurança Pública atual, Flávio Dino, chegou a dizer que daria início a um processo de extradição caso ele não estivesse no país na segunda-feira.

No meio do processo, a PF encontrou na casa do ex-ministro uma minuta com o objetivo de decretar um Estado de Defesa no TSE. Torres afirmou que o material foi tirado de contexto, e estava em uma pilha de documentos de descarte.

E agora?

Não há informações oficiais sobre os próximos passos, mas o político deve permanecer no local onde está preso até prestar depoimento, ainda nesta semana.

Ele pode responder por oito possíveis crimes, indicados no pedido de prisão. Torres era o responsável pela segurança do Distrito Federal quando os prédios do Congresso, do STF e do Palácio do Planalto foram invadidos.

[VÍDEO] Em ataques no DF, homem destrói o histórico relógio de Balthazar Martinot

Via Metrópoles

Entre as inúmeras cenas de violência que marcaram os atos terroristas no domingo (8/1), está a de um homem flagrado por câmeras de segurança interna do Palácio do Planalto jogando no chão e quebrando o raríssimo e histórico relógio de Balthazar Martinot, de valor inestimável. Outras obras também foram destruídas.

O relógio de pêndulo do século 17 foi um presente da Corte Francesa para dom João VI. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça que foi completamente destruída pelos invasores do Planalto. O valor do item é considerado fora de padrão.

Nas imagens, obtidas pelo Fantástico, da TV Globo, um homem de cabelos negros e curtos, vestindo uma camisa com o rosto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), aproxima-se da mesa em que está o relógio e puxa a peça para o chão. Em seguida, arrasta móveis próximos à obra e esvazia um extintor de incêndio em cima de um lance de escadas.

Veja o vídeo:

Anderson Torres é preso após desembarcar em Brasília e passa por audiência de custódia

O ex-ministro da justiça do governo Bolsonaro, Anderson Torres, está preso em Brasília. Anderson Torres estava nos Estados Unidos e embarcou para o Brasil nesta sexta (13) à noite escoltado por policiais. O avião aterrissou no aeroporto de Brasília às 7h18 da manhã. E assim que o ex-ministro chegou, os policiais federais apresentaram a ordem de prisão e o levaram para o hangar da PF.

A TV Globo apurou que Anderson Torres foi para o Brasil sem celular. Toda operação foi discreta, sem imagens de Anderson Torres.

Por volta das 9h, Torres chegou ao quarto batalhão da Polícia Militar, que fica no Guará, a 15 quilômetros do centro de Brasília. O ex-secretário vai ficar preso no local de forma provisória.

Poucas horas depois, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, autorizou a realização da audiência de custódia. A audiência de custódia foi presidida pelo desembargador Airton Vieira. Ele é o juiz instrutor do gabinete de Alexandre de Moraes.

A audiência foi realizada por videoconferência. É uma etapa protocolar, necessária para que o preso seja apresentado ao juiz e para que a legalidade da prisão seja analisada. A audiência não discute o mérito do processo, nem a acusação.

O advogado de Anderson Torres, Rodrigo Roca, acompanhou a audiência. Ele foi embora em seguida, sem falar com a imprensa.

Anderson Torres é policial federal e foi ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, e sempre se posicionou em sintonia com o ex-presidente. No dia 2 de janeiro, ele assumiu a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Quando houve o ataque terrorista aos prédios públicos em Brasília, no domingo (8), menos de uma semana depois, Torres estava de férias, viajando para os Estados Unidos. Pouco depois do início dos ataques foi exonerado do cargo.

Ainda no domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou intervenção na segurança pública do DF. Com a medida, a área passou a ser controlada pelo governo federal. Já na madrugada, o Supremo Tribunal Federal afastou o governador Ibaneis Rocha do cargo – pelo prazo inicial de 90 dias.

A prisão preventiva de Anderson Torres foi um pedido da Polícia Federal, decisão referendada pela maioria do Supremo. Na determinação, Moraes afirmou que a conduta de Torres foi conivente e omissa em relação aos atos golpistas. Agentes da PF executaram mandado de busca apreensão na casa do ex-secretário.

Entre o material recolhido pelos policiais, estava a chamada “minuta do golpe”. O documento era o rascunho de um decreto para instituir estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

O texto previa a decretação do estado de defesa, com vistas a restabelecer a ordem e a paz institucional, a ser aplicado no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral, para apuração de suspeição, abuso de poder e medidas inconstitucionais e legais levadas a efeito pela Presidência e membros do tribunal, verificados através de fatos ocorridos antes, durante e após o processo eleitoral presidencial de 2022.

Juristas consideram o documento inconstitucional porque transferia atribuições do poder Judiciário para o poder Executivo.

Em uma rede social, Anderson Torres afirmou que, como ministro da Justiça, recebeu propostas dos mais diversos tipos. E que a minuta provavelmente estava numa pilha de documentos que iriam ser triturados.

Os juristas afirmam que, a ser verdade a explicação de Anderson Torres, ainda assim ele teria de explicar de quem partiu a ideia do documento.

Nesta sexta (13), o ministro Alexandre de Moraes determinou a abertura de novo inquérito para investigar especificamente Anderson Torres e também o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha, que prestou depoimento à PF.

No depoimento, Ibaneis fez uma acusação grave: a de que houve algum tipo de sabotagem das forças de segurança nos atos terroristas de domingo (8).

Enquanto as investigações avançam, surgem novas imagens do dia da depredação. O Jornal o Globo divulgou gravações das câmeras internas do Senado Federal.

Seguranças estão no salão por onde entram autoridades no Senado, quando invasores quebram a vidraça. Dá para ver os estilhaços espalhados pelo chão. Os seguranças se afastam. Mais uma vidraça é quebrada. Os extremistas jogam um pedestal usado para organizar as filas na entrada do edifício.

Com um carrinho, quebram mais um vidro e invadem o prédio. Um homem de mochila lança um rojão. Depois que eles entram, policiais legislativos tentam impedir a invasão com spray de pimenta, mas não conseguem e recuam.

Os golpistas conseguem avançar até as proximidades do plenário, provocando mais destruição.

O Ministério Público organizou um mutirão para as mais de 400 audiências de custódia marcadas para este sábado (14), de presos nos atos terroristas.

Moraes acolhe pedido da PGR e inclui Bolsonaro em inquérito que investiga atos terroristas

PGR pede ao STF que Bolsonaro seja investigado como um dos autores intelectuais por incitação dos atos golpistas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acolheu pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro em um inquérito que investiga a instigação e autoria intelectual dos atos terroristas do dia 8 de janeiro. A PGR quer apurar se Bolsonaro cometeu incitação pública de crime.

A motivação do pedido foi o fato de Bolsonaro ter compartilhado um vídeo que sugeriu que a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi fraudada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente fez a publicação na noite de segunda-feira, mas apagou a postagem horas depois.

Em sua decisão, Moraes cita que a conduta de Bolsonaro se assemelha à organização criminosa investigada no inquérito das milícias digitais e em outras investigações em tramitação no STF.

“O pronunciamento do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, se revelou como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal”, escreveu Moraes.