
A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) lança, nesta segunda (28/05) e terça-feira (29/04), o Projeto “Quem tem Chagas Tem Pressa”, no Sertão do Pajeú, em Serra Talhada. Com duração total de um ano – contemplando ações diversas nos próximos meses -, o programa tem o objetivo de fortalecer a descentralização do cuidado do paciente com a doença de Chagas e reforçar os fluxos já existentes na Atenção Primária, formada pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), e Atenção Secundária, a partir das Unidades Pernambucanas de Atenção Especializada (UPAE).
Os dois dias de cronograma do “Quem Tem Chagas Tem Pressa”, em Serra Talhada, vão contemplar o lançamento do Projeto, bem como a exposição do plano para o Colegiado de Vigilância em Saúde da XI Gerência Regional de Saúde (XI Geres). Além disso, será ofertado um momento sobre o Manejo Clínico para estudantes de medicina, enfermagem e profissionais da saúde na Universidade de Pernambuco (UPE), no campus de Serra Talhada.
O projeto “Quem Tem Chagas Tem Pressa” será executado em Serra Talhada e Triunfo, com etapas a serem desenvolvidas: apoio para diagnóstico e cuidado do paciente, facilitando o acesso dos casos suspeitos de doença de Chagas à assistência no território; e estreitamento de laços entre os campi da UPE de Santo Amaro e de Serra Talhada, com a promoção de aulas e atualizações no manejo clínico e na vigilância.
“O Projeto traz para este território esta ampliação tão necessária do acesso aos serviços de saúde e manejo clínico adequado da pessoa afetada com a doença de Chagas. Além disso, fortalece o vínculo com as instituições de ensino, no período de um ano de execução, com baixo custo e boa reprodutibilidade”, avalia a coordenadora de Vigilância da Doença de Chagas, Filariose Linfática, Tracoma e Malária, Gênova Oliveira.
O Projeto “Quem Tem Chagas Tem Pressa” celebra, ainda, o Dia Mundial da doença de Chagas, cuja data comemorativa é 14 de abril e tem como intuito informar, sensibilizar e enfrentar desafios de um agravo que afeta milhões de pessoas, que muitas vezes permanecem invisíveis por quase toda a vida, especialmente em áreas mais vulneráveis.
A fase aguda da doença de Chagas ocorre geralmente de forma assintomática. A crônica pode permanecer na forma indeterminada, com 70% dos casos sem sintomas. No estágio mais adiantado, manifesta-se nas formas cardíaca, digestiva ou cardiodigestiva.
Em Pernambuco, entre 2022 e 2024, foram testadas pelos métodos diretos 346 pessoas, com todos os resultados negativos para a doença de Chagas (DCA). Enquanto que, no mesmo período, 6.525 pessoas foram testadas por meio da imunologia para doença de Chagas crônica (DCC). Dessas resultaram 723 reagentes para DCC.
Em Pernambuco, os municípios realizam as ações sistemáticas de vigilância e controle vetorial, muitas delas com o apoio das Geres e monitoramento e capacitação da SES-PE. Entre 2022 e 2024, por exemplo, 147.326 casas foram visitadas, nas quais foram feitas pesquisas entomológicas – estudo de insetos. De todas as moradias, 5.607 resultaram positivas para a presença do vetor da doença de Chagas, conhecido como barbeiro, sendo posteriormente borrifadas com material químico necessário para eliminá-lo.
PARCERIAS – A Secretaria de Saúde de Pernambuco toca o Projeto “Quem Tem Chagas Tem Pressa” ao lado da XI Geres, do Ambulatório de Referência da doença de Chagas/PROCAPE, dos municípios de Serra Talhada, Triunfo e da Farmacêutica NOVARTIS.
