
BELA VELHICE
No dia 22.02.25 junto a familiares e amigos comemorei meus sessenta e oito anos de idade. Desde 1994 tento seguir os conselhos do sábio poeta Dedé Monteiro ao escrever “É preciso saber envelhecer” a pedido de meu amigo de infância e conterrâneo José Liberal nosso querido Zé de Adinha.
Das cinco perfeitas estrofes farei a transcrição da última e sugiro a cada leitora e cada leitor que leiam o poema na íntegra. Assim recomenda o poeta tabirense: “…Nas primeiras auroras da existência/Abra as asas pra vida, o mundo é seu/Aproveite o poder que Deus lhe deu/Mas o faça com toda inteligência/ Use a arma imortal de consciência/Não se engane correndo atrás do ter/Quando a vida quiser entardecer/Junte os netos, responda seus porquês/Mostre a todos como você fez/É preciso saber envelhecer.”
Nos primeiros dias deste mês recebi o livro “A invenção de uma bela velhice” de autoria de Marian Goldenberg. Nele a antropóloga e escritora de Santos apresenta ponderações direcionadas para “Projetos de vida e a busca da felicidade.”.
No primeiro capítulo a autora indica três novos conceitos: “Velhofobia – Destinado aos que possuem pânico acerca de possíveis sequelas advindas com a velhice; Velhoeuforia – Direcionado aos que euforicamente enfrentam a idade avançada e Velhoalforria – Focado nos que pavimentam a caminho da velhice sem degraus em liberdade plena.”
Nos capítulos seguintes são apresentadas sugestões não poetizadas como fez Dedé Monteiro, a saber: “Buscar o significado, Conquistar a liberdade, Almejar a felicidade, Cultivar amizade, Viver o presente, Dizer não, Respeitar a vontade, Vencer o medo, Dar risada e Construir a própria ‘bela velhice.”
Percebam que todas sugestões são executáveis por cada pessoa. Em um mundo que discrimina e tenta ignorar os idosos cada uma e cada um fazendo sua parte teremos a velhice que merecemos. Ação imediata.

Parabéns, meu irmão e amigo Ademar Rafael Ferreira! Pelos 68 anos e pela crônica.
No dia 6.3.2025, completei 65 anos.
Que possamos, meu grande irmão, viver muito ainda pela bondade e misericórdia do Grande Arquiteto do Universo. E vivamos a Velhosforria.