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Crônica de Ademar Rafael

MUITA ESPERANÇA

Com o avanço da idade passamos naturalmente a sermos mais seletivos
e enxergamos com certa nitidez a distância entre o ideal e o possível. A ansiedade dos tempos da juventude dar lugar à maturidade, que assim seja por muitos anos. Entendo que o texto acima se faz necessário para
demonstrar o momento atual deste companheiro toda segunda nesse espaço. De fato, com certo esforço, tenho conseguido neutralizar a pressa e tento enxergar que as coisas acontecem em seu tempo e não no
meu.

Entramos hoje no ano treze desta convivência que muito me satisfaz.Tenho orgulho de participar desse projeto de troca de informações por meio das crônicas produzidas com muito carinho. Se o número treze desperta muitos sentidos para cada pessoa para mim reflete somente um número primo situado entre o doze o quatorze. Com esperança infinda
vamos em frente, não podemos nem devemos parar antes da hora.

Desconfio das instituições e dos “sistemas” que as mantém, mas, confio nas pessoas de boa-fé, puras de coração e sensibilidade apurada. Parte disto encontrei no livro “Meu mundo de poesias”, escrito por um menino
de nove anos que nasceu em Dourados – MS e reside em Fortaleza – CE.

No poema “Inclusão”, o jovem poeta nos diz: “Inclusão é a linguagem do coração… O afeto é caminho/Do amor e do carinho/Que gera admiração.. Uma ação/Que envolve toda população/que enxerga/O mundo com os
olhinhos do coração…”. Falando sobre o sertão no poema “Fé”, escreveu: “O amanhecer no sertão é fertilizante/Para imaginação/Faz brilhar os olhos/E é pura emoção…”

Davi Moura, filho da orgulhosa Meire Moura, é uma criança que nos remete ao um mundo de “Muita esperança” não apenas pelo que escreve
também pela ação junto a crianças que residem em viadutos na capital cearense, especialmente localizados na Avenida Borges de Melo, no bairro de Fátima.

Fatos e atos desta envergadura nos leva a manter a crença que Deus nos  fez a sua imagem e semelhança, nós é que as vezes fugimos disto.


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