PROSA E POESIA, BELOS CAMINHOS.
No último parágrafo da crônica anterior falei sobre poesia ao enaltecer o potencial de Afogados da Ingazeira neste rico universo. Hoje, para nosso diálogo semanal, trago uma citação atribuída Ao filósofo francês Edgar Morin, pulicada em mensagem da “Redação do Momento Espírita” em data do mês de junho.
Escreveu o Morim: “Para mim, o problema da felicidade é subordinado àquilo que chamo de ‘o problema da poesia da vida’. Ou seja, a vida, a meu ver, é polarizada entre a prosa – as coisas que fazemos por obrigação, que não nos interessam, para sobreviver. E a poesia – o que nos faz florescer, o que nos faz amar, comunicar. E é isso que é importante.”
Sem reduzir a importância da prosa enquanto forma de comunicação, pretendemos focar nossa conversa nos benefícios da poesia, em todos os formatos disponíveis. Sobre o comportamento dos poetas recentemente em uma rede social escrevi a seguinte sextilha: “Poeta sem ousadia/Uma obra não completa/É preciso ser ousado/E ter a alma inquieta/Para merecer o pódio/Onde só sobe poeta.”
Na estrofe acima busco ratificar a linha de pensamento que nos leva a definir o poeta como um ser que espontaneamente se deixa florescer e busca pela emoção dar sentido a vida. Na poesia encontramos algo superior sem o sentido religioso, ela por si mesma é profana, libertina e inclusiva. Não é algo que possa ser acorrentado.
Discordo, respeitando as opiniões contrárias, que a poesia tem que ser rimada e metrificada conforme padrões de determinado estilo. Considero poesia todo sentimento originado na alma de quem a produziu. Respeitar o estilo proposto é um sentimento que muitos críticos não carregam consigo. Como exemplo sendo cito que Vinícius de Morais não perdia a condição de poeta ao escrever crônicas. Viva a poesia, viva a prosa e viva quem transita nos mundos do verso e da prosa ou da prosa e do verso.